A tensão cresce no Médio Oriente. Israel está em alerta, com sirenes a tocar no centro do país, depois de terem sido disparados vários rockets a partir do Líbano. Em resposta, Netanyahu garante que Israel vai continuar a atacar "impiedosamente" o Hezbollah.
Milhões de israelitas esconderam-se em abrigos, esta segunda-feira. As sirenes tocaram em resposta aos mísseis disparados do Líbano, adianta a agência Reuters. 180 comunidades receberam o alerta para recolher aos abrigos.
As sirenes soaram também em Telavive, o centro económico do país. As autoridades especificam que "estão em curso buscas para identificar locais afetados por destroços de 'rockets'", que foram intercetados.
O Hezbollah disparou vários rockets a partir do Líbano, que foram intercetados por caças israelitas, garantem militares citados pela agência Reuters. Para já, não há registo de feridos nem danos.
Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garante que Israel vai continuar a atacar "impiedosamente" o Hezbollah, incluindo em Beirute.
Habitualmente, as defesas aéreas israelitas, em concreto o sistema Cúpula de Ferro, intercetam a maioria dos projéteis disparados do Líbano, com poucas vítimas registadas nos bombardeamentos ou queda de destroços
A norte de Israel, um ataque com drones do Hezbollah a uma base militar matou quatro soldados e 60 ficaram feridos.
Israel ataca norte do Líbano pela primeira vez
Já Israel atacou esta segunda-feira à tarde pela primeira vez o norte do Líbano. Morreram, pelo menos, 18 pessoas no ataque que atingiu a cidade de Aitou, a 100 quilómetros a norte da capital, Beirute.
É a primeira vez que a região é atacada desde o início da guerra. Até agora, Israel tinha concentrado os ataques a sul e nos subúrbios de Beirute.
Leila Salim, jornalista no Líbano ao serviço da SIC, acrescenta que foi atingido um prédio residencial.
Guerra intensificou-se: quando e o que está em causa?
A frente de combate aberta em outubro de 2023 pelo Hezbollah contra Israel, em apoio do grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, transformou-se numa guerra intensa em 23 de setembro, com o início de intensos bombardeamentos israelitas contra bastiões do movimento armado apoiado pelo Irão no Líbano, que mataram o seu líder, Hassan Nasrallah, e vários elementos do topo da hierarquia da milícia xiita.
No dia 30 de setembro, o Exército israelita lançou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano contra posições do Hezbollah, onde se encontra igualmente estacionado um contingente militar internacional das Nações Unidas.