O Centro de Operações de Emergência de Saúde Pública do Ministério libanês da Saúde Pública anunciou em comunicado, citado pela Efe, um novo número de mortos no atentado, que inicialmente era de 37, incluindo vários membros do Hezbollah, enquanto prosseguem os trabalhos de busca de corpos ou sobreviventes.

O ataque aéreo israelita, que visou uma reunião numa cave do comando da força de elite do Hezbollah, a unidade al-Radwan, matou 16 dos seus membros, entre eles Ibrahim Aqil, o chefe desta unidade, e outro comandante sénior.

O comandante era Ahmed Mahmoud Wahbi, que até ao início deste ano tinha liderado as operações militares da unidade de al-Radwan em apoio ao Hamas palestiniano, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, disse o movimento xiita apoiado pelo Irão.

O exército israelita anunciou na sexta-feira que tinha efetuado um ataque "seletivo" e "eliminado" Ibrahim Aqil e "cerca de dez comandantes" do Hezbollah, "responsáveis pelos ataques diários com foguetes" contra Israel.

Ibrahim Aqil é o segundo comandante militar de alto nível do Hezbollah a ser eliminado por Israel desde que o movimento abriu a frente do sul do Líbano contra o exército israelita, há quase um ano.

Os Estados Unidos tinham oferecido uma recompensa de sete milhões de dólares por qualquer informação sobre Ibrahim Aqil, que era procurado por Washington pelo seu envolvimento nos sangrentos ataques anti-norte-americanos, em Beirute, em 1983.

A guerra no território palestiniano eclodiu a 07 de outubro de 2023, quando os comandos do Hamas levaram a cabo um ataque sem precedentes em solo israelita, que provocou a morte de 1.205 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas, que incluem reféns mortos ou mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Das 251 pessoas raptadas durante o ataque, 97 continuam detidas em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo exército.

Mais de 41.272 palestinianos foram mortos e 95.500 feridos na ofensiva israelita lançada em retaliação contra a Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

 

ALN (JSD) // ACL

Lusa/Fim