Os dois países nórdicos abandonaram décadas de não-alinhamento militar para se tornarem membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. A Finlândia aderiu à Aliança em 2023 e a Suécia em abril deste ano.
Em julho, a NATO anunciou que precisava de reforçar a sua presença militar no seu flanco oriental, particularmente na Finlândia, que partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia.
Esta medida, que implica o envio de forças terrestres "prontas para o combate", tal como definido pela aliança militar, necessita de um "país-quadro" para que possa ser implementado, sublinhou o ministro da Defesa finlandês, Antti Häkkänen, numa conferência de imprensa com o homólogo sueco, Pål Jonson.
Helsínquia pediu à Suécia que desempenhasse esse papel, anunciaram os dois ministros.
O processo encontra-se, no entanto, numa "fase inicial", advertiu o ministro sueco, estando previstas novas consultas com o parlamento sueco.
Ainda não foi tomada qualquer decisão sobre o número exato e a localização das tropas, afirmou Häkkänen.
Esta questão será resolvida com os outros países membros da NATO.
A "presença avançada" da Aliança no seu flanco oriental assume a forma de "oito grupos de combate multinacionais" na Bulgária, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia.
Na Finlândia, isto permitirá "assegurar uma dissuasão e uma defesa sólidas", garantiu Antti Häkkänen.
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