A notícia de que a VW pode vir a encerrar pela primeira vez na sua história fábricas na Alemanha, levou a comissão de trabalhadores do construtor automóvel germânico a criticar o conselho de administração por sugerir o encerramento deunidades de produção e por ameaçar a segurança dos postos de trabalho.

Os responsáveis pela VW já fizeram saber que a empresa poderá não sobreviver à transição para os automóveis elétricos se não reduzir custos. No entanto a presidente da comissão de trabalhadores da Volkswagen, Daniela Cavallo, já veio culpar o conselho executivo por “não fazer o seu trabalho”

“Não temos um problema de custos laborais. Não temos um problema de pessoal. Temos um Conselho Executivo que não se concentra suficientemente na atividade principal. Não podem esperar que a força de trabalho suporte as consequências dos vossos erros”, disse Daniela Cavallo ao Conselho Executivo, numa sala repleta de milhares de trabalhadores, segundo adianta a “Bloomberg”.

A responsável pela comissão de trabalhadores considerou ainda que as medidas anunciadas só seriam aceitáveis num cenário, se todo o modelo de negócio estivesse morto.

Recorde-se que a VW conta atualmente com cerca de 700 000 trabalhadores, que beneficiam de condições de trabalho seguras, negociadas na década de 1990, e que os sindicatos não pretendem reverter, o que pode criar um braço de ferro com a administração da empresa nos próximos tempos.

A possibilidade da VW encerrar duas unidades de produção na Alemanha foi justificada por Oliver Blume, CEO da Volkswagen pelo “ambiente económico que piorou e pelos novos concorrentes que estão a entrar na Europa. A Alemanha está a perder competitividade. Como empresa, temos de agir”.