Depois de um mês e meio ausente, Miguel Oliveira voltou esta sexta-feira ao MotoGP. O piloto teve de recuperar o ritmo e as sensações quando ainda não está totalmente recuperado do pulso direito fraturado, e foi 20.º no Treino do GP Solidário de Barcelona.

O luso da Trackhouse Racing comentou: ‘Acho que esperava muito pior. Mas consegui pilotar, consegui recuperar a sensação no corpo, na cabeça em especial. O ataque ao cronómetro ainda é um bocado confuso, mas o potencial para melhorar para amanhã está lá. Portanto, estou contente por isso. Estou a tentar desfrutar tanto quanto possível’.

Oliveira admitiu depois que não foi fácil readaptar-se: ‘É difícil. Na primeira volta em que fui travar para a curva 1, eu estava muito desperto. Porque na primeira vez, mesmo para o cérebro, para os olhos, tudo, é como que estranho – também os dispositivos. Mesmo se tens tudo na tua cabeça, precisas de algum treino para recuperar tudo como normal. Em especial nos ataques ao cronómetro, onde como que te desligas um bocado e pilotas mais com base no instinto. Para mim, isto foi um bocado demais’.

Sobre as expectativas, o #88 explicou que não as tinha antes de o GP começar, e continua a não saber o que esperar: ‘Não tinha ideia, para ser honesto. Simplesmente vim, eu sabia que era capaz de pilotar, mas não sabia em que condições – especialmente depois de um mês e meio. Foram seis semanas, cinco corridas, que falhei, e os outros pilotos estiveram a pilotar. Mesmo estando completamente bem, perdi pilotar a moto, perdi toda a experiência das últimas corridas. Não sei o que esperar, não sei o que é um bom resultado’.

Quanto às limitações que poderá ter, Oliveira referiu: ‘A limitação provavelmente vai ser as dores que tenho e um bocado a resistência a todas as voltas. Hoje os ataques ao cronómetro foram mais difíceis do que o resto da pilotagem, então provavelmente a corrida vai ser boa. Não sei’.