Sergio Rico voltou aos relvados em outubro, na vitória do Al Gharafa, de Pedro Martins, na Liga dos Campeões Asiática, após 492 dias de ter sofrido um grave acidente de cavalo, que o levou a estar 26 dias em coma.
«Depois de tudo o que passei e de todo o tempo de recuperação, de reabilitação, estou feliz por poder estar a desfrutar do futebol, da minha carreira. Os meus companheiros acolheram-me muito bem. Tenho vontade de trabalhar para continuar a desfrutar da minha carreira. Foram momentos difíceis, não só para mim, também para a minha família. Havia dias em que os médicos davam notícias muito negativas. E depois chega esse momento de voltar a pisar a relva. Foi muito bonito, um momento único», confessou, em entrevista ao AS.
«Só tenho palavras de agradecimento para o futebol. Foi, em parte, o que me levou a lutar nos momentos mais difíceis. Se não tivesse o futebol, ter-me-ia rendido antes. Ou o meu corpo não reagiria. Numa primeira estava a dormir e não me apercebia de nada. Quem sofreu foi quem gostava de mim, a minha família, esposa, amigos… Eram eles que recebiam as más notícias», prosseguiu, falando do momento em que acordou.
«Não tenho uma recordação clara, estava sedado. É mais por aquilo que me contaram. A minha esposa contou-me que a primeira coisa que perguntei ao acordar do coma foi: ‘Posso voltar a jogar futebol?’», referiu.
«Ainda tive mais vontade de jogar futebol depois do que aconteceu. Catar? A cidade de Doha é muito boa e era uma oportunidade para jogar a Liga dos Campeões Asiática. Uma nova experiência», atirou.