Quase uma semana após a queda da direção presidida por Carlos Silva, devido à renúncia de vários membros que levaram à perda de quórum, não há, para já, candidatos às eleições de dia 27 para os órgãos sociais do V. Setúbal, para o triénio 2024-2026. Os sócios do clube, que contabiliza 72 presenças no escalão principal e está agora na 2.ª divisão distrital, podem apresentar listas até à próxima quarta-feira, dia em que o emblema sadino celebra o 114.º aniversário.

À frente do Vitória desde dezembro de 2020, Carlos Silva, que tinha sido reeleito em março de 2023, garante não pensar em apresentar-se a sufrágio. "Dificilmente irei recandidatar-me, mas estarei disponível para colaborar com alguém da minha confiança", admitiu, desafiando quem contribuiu para a queda dos órgãos sociais a apresentar candidatura. "Espero que os detratores, aqueles que me criticaram muitas vezes de forma falaciosa, apareçam agora e avancem com as suas soluções", disse Carlos Silva, reiterando que a única possibilidade de manter o clube vivo passa pela "alienação de património e o projecto imobiliário para os topos do estádio são a única hipótese de sobrevivência" na realidade atual.

Recorde-se que com a homologação do PIRE (Plano de Recuperação), o Vitória passou de uma dívida (entre SAD – em processo de insolvência – e clube) de cerca de 64 milhões de euros para pouco mais de 9 milhões, verba esta que nos primeiros três anos, de um total de 10, tem uma mensalidade de 87 mil euros.