No lançamento do duelo inaugural da jornada 5 da Liga Portugal Betclic, Rúben Amorim mostrou-se desconfiado do Arouca, mesmo depois da recente perda de Cristo González para o futebol catari.

O técnico dos leões mostrou-se também satisfeito com as opções à disposição no plantel, abordando questões em torno dos poucos minutos de Geovani Quenda e Francisco Trincão na seleção, o contexto da contratação de Conrad Harder, entre outros tópicos.

Arouca sem Cristo: «Obviamente que o Cristo e o Mujica tinham um grande impacto no lado ofensivo do Arouca. Disse no ano passado que eram das melhores equipas a jogar futebol, porque decidiam muito. O Cristo tem grande qualidade técnica e vai fazer muita falta ao Arouca. É pena os treinadores perderem jogadores assim quando já não podem fazer nada no mercado.

O Mujica ataca muito bem a profundidade, mas o Henrique [Araújo] também tem isso. O Henrique tem um grande potencial e qualidade. Fez um golo em fora de jogo com uma finalização difícil. O Cristo é muito difícil de substituir e isso é uma vantagem para nós. Mas estará lá outro jogador. O Pedro Santos, que fez um grande campeonato. É uma equipa que gosta de ter bola, de pressionar, que fez um grande campeonato. Será um jogo muito difícil.»

Satisfação após fecho do mercado?: «Claramente não nos podemos queixar. Baixámos a idade do plantel, preparámos o futuro e temos jogadores. Se olharmos para as posições, temos um plantel mais completo, com potencial, preparado para o presente e o futuro.»

Trincão e Quenda sem minutos na seleção: «É uma escolha do selecionador. Há tanto por onde escolher que é difícil toda a gente jogar. Fiquei feliz por terem sido chamados. Agora, em relação à utilização isso depende dos jogos. Não esperava nada nesse aspeto. O que espero sempre é que venham sem lesões. E foi isso que a aconteceu.»

Chegada de Harder: «Ainda agora fechou este mercado... Fechou e o Gyökeres continua connosco. Em relação ao Conrad, toda a gente sabia que tínhamos um plano para um jogador já feito, digamos assim, que não conseguimos. Vocês até falaram em falhanço e é verdade. Falhamos muito aqui. Mas isso faz parte da vida. Não conseguindo esse jogador, tínhamos um plano e uma lista de jogadores de potencial. Não tendo o jogador feito, fomos para um jogador de potencial. Não queremos um segundo Gyokeres. Seria um erro pensar isso. Queríamos um jogador com características parecidas.

Se acontecer [bateu no mesa] alguma coisa ao Gyokeres, a equipa não tenha que mudar as características . Isso iria confundir a equipa. Falhando o Fotis, olhámos para a lista e que nos permitia manter a mesma forma de jogar. Havia um clube da Premier League que pagava mais do que nós e que deixava lá o jogador. Isso só para vocês verem o mundo de diferença que é. Portanto, foi isso que aconteceu.»

Estratégia para a temporada?: «Desde o ano passado disse que íamos para ser bicampeões. Esse é o objetivo. No primeiro ano corríamos por fora. A partir daí, disse sempre que erámos candidatos ao título. Queremos muito ser bicampeões, porque não somos há 70 anos. Acho que é um passo importante no clube. O facto de irmos à Liga dos Campeões muda o cenário. Queremos voltar a ser campeões, estar na Champions para manter os nossos jogadores. Conrad a estrear-se? Vamos ver. Terá tempo para se mostrar.»

Franco Israel na baliza: «É juntar a dinâmica que temos na equipa, sabendo que não é a mesma coisa sendo a posição de guarda-redes. Têm de aproveitar o espaço que têm. O Kovacevic teve este azar e o irá entrar o Franco. Já deu provas de que está preparado e assumirá ele a balizar. Depois, lutarão os dois pelo lugar.»

Críticas a Debast na seleção: «Vi que passaram muitas críticas, mas também vi a resposta do selecionador. Ligo mais às opiniões do selecionador do que ex-jogadores. É um talento. Tem de melhorar em certas situações, mas sinto o que senti quando assinou. É um grande jogador e vai dar muito ao Sporting e ser um grande jogador na seleção nacional.»