Já depois de ter lançado a partida desta terça-feira com o Sturm Graz (20h00) em conferência de imprensa, Rúben Amorim abordou os mesmo temas mas de uma forma algo distinta em declarações à Sport TV. Aí, o treinador de 39 anos perspetivou a tática para enfrentar os austríacos e abriu de certa forma o jogo sobre a possível utilização de Pote, recém regressado às opções dos verdes e brancos.

Diferenças entre Sturm Graz dos dois anos? 
"Há sempre diferenças. Manteve o treinador; ganhou [o campeonato] e quando se ganha de um ano para o outro a equipa cresce; acrescentou um médio e um avançado e apenas com isso a equipa melhorou bastante, devido à mobilidade do médio e tem mais intensidade nesse aspeto. O avançado faz muita diferença, porque é muito bom no espaço e a segurar. Corre o jogo todo e isso dá sempre outra intensidade ao jogo. A equipa está bastante melhor, o treinador é muito organizado nas ideias, mas é difícil controlar. Sabemos a ideia do Sturm Graz, mas é difícil controlar. Sabemos que é crucial para a Liga dos Campeões. Teremos 2 jogos em casa, contra o City e o Arsenal, e portanto é um excelente momento para ganharmos mais 3 pontos."

O facto de eles não jogarem propriamente em casa, muda algo na preparação? 
"É diferente. Há sempre diferenças. Nós gostamos de jogar em Alvalade, porque conhecemos o campo e sentimo-nos em casa. Eles vão sentir-se em casa, mas o campo parece maior. Só esse fator ajuda. Porque no campo onde jogámos no ano passado o ambiente era diferente. Estará mais gente a ver, mas o ambiente é diferente. O campo parece maior e nós gostamos de campos grandes porque jogamos mais abertos e com várias dinâmicas. Seria melhor para eles jogar no campo deles, mas continuam a jogar ‘em casa’."

O regresso de Pote dará tempo suficiente para vermos aquela fórmula de ataque com Pote, Trincão e Gyökeres? 
"O importante é termos o Pote. Termos o Pote para entrar no jogo, meter outras caraterísticas e sabemos que não é bem médio, não é bem avançado e faz golo com qualquer bola à frente da baliza. Se vai estar no trio de ataque? Depende do Viktor e do Trincão. Se estiverem a jogar mal, se calhar são eles que saem para entrar o Pote. Porque o Pote não pode fazer o jogo todo. Vamos lançá-lo devagarinho, é muito importante para nós. Mas o importante é termos o Pote junto da equipa."

Concorda com o presidente Frederico Varandas e acha que é difícil Gyökeres sair agora em janeiro? 
"Acho que é mais fácil o presidente responder a isso, porque quando diz isso sabe das contas do clube, da capacidade que tem de manter os melhores jogadores. É sinal que está a contar e sabe o que poderá fazer no verão. Melhor do que o presidente não há para explicar aos sócios a ideia do Sporting."

Precisou de falar ao balneário ou explicar a situação em torno do futuro de Hugo Viana no City e do seu futuro? 
"Os jogadores são bem mais básicos do que isso, ou seja preocupam-se no que é o jogo. No dia a dia, não interfere, porque o Viana está lá na mesma. Nem eles sabem a vida deles, quanto mais da vida dos outros. E sabem que a estrutura é muito sólida, não estando uma pessoa, sentimos saudades, mas já aconteceu sairem pessoas que não são tão visíveis. Nem eles sabem o futuro deles, quanto mais o do resto da estrutura. É levar com normalidade. É crucial para a Liga dos Campeões ganhar, portanto vamos dar tudo para vencer o jogo."