Imane Khelif venceu a húngara Anna Luca Hamori nos quartos de final do torneio de boxe feminino dos Jogos Olímpicos, na categoria de -67 kg. A argelina garantiu assim um lugar nas meias-finais e como no boxe são atribuídas duas medalhas de bronze, Khelif já sabe que sairá de Paris com uma medalha olímpica – a primeira que a Argélia ganhará nesta modalidade.
Apesar de, antes deste combate, a húngara ter considerado que o mesmo «não devia acontecer», como informou a BBC, o mesmo decorreu com normalidade e terminou quando Khelif venceu por decisão unânime dos juízes, após a qual as duas lutadoras ainda se cumprimentaram.
Depois do combate, Khelif estava muito emocionada, como expressou à BBC: «É a primeira medalha de boxe feminino na Argélia - estou muito feliz.» Já Harmoni também aceitou a derrota e desejou «muita sorte a Khelif» no futuro.
A argelina tem sido alvo de controvérsia nestes Jogos Olímpicos, devido ao facto de ter sido banida do Campeonato Mundial de Boxe de 2023, por apresentar níveis de testosterona demasiado elevados. No entanto, o Comité Olímpico Internacional deixou-a participar em Paris 2024 e recentemente o pai da atleta defendeu-a das críticas.
Este caso ganhou notoriedade depois de Khelif vencer a italiana Angela Carini após 46 segundos. Na sequência desse combate, a italiana explicou a sua desistência e disse «adeus» ao boxe.
Este sábado, Khelif teve muito apoio nas bancadas de vários adeptos argelinos, que se fizeram ouvir em apoio à lutadora, antes, durante e após o combate.