O Famalicão recebe este sábado o Arouca (18 horas), numa partida referente à 11.ª jornada da Liga, e no Minho mora uma confiança inabalável na conquista dos três pontos.
Armando Evangelista projetou, esta sexta-feira, o duelo com os arouquenses, dando conta de que a sua equipa está extremamente confiante na conquista de mais três pontos, dando sequência ao triunfo alcançado na ronda anterior, no reduto do Aves SAD (3-2). Além disso, o técnico quer voltar a dar uma alegria aos adeptos do emblema minhoto, brindando-os com uma vitória em Vila Nova. Para isso, salienta, é necessário respeitar o adversário, que também tem qualidade e que mudou recentemente de treinador, com Vasco Seabra a render no cargo o uruguaio Gonzalo García.
«Vai ser um jogo difícil. O Arouca mudou recentemente de treinador e o facto de não ter conseguido ganhar no primeiro jogo do novo treinador vai fazer com que esse efeito de mudança se perpetue para este jogo, como é óbvio. Conheço muito bem o trabalho do Vasco Seabra, há muitos anos, assim como ele conhece o meu. Depois no nosso último jogo fora de casa, em que ganhámos e fizemos muitas coisas bem feitas, também tivemos uma semana de trabalho mais alegre, naturalmente. Já é um chavão, mas é mesmo assim, quando se ganha as coisas ficam mais fáceis. E perante o conhecimento que temos do Vasco [Seabra], trabalhámos esta semana em cima disso, com o único objetivo de ganharmos, oferecendo, assim, uma vitória caseira aos nossos adeptos, que tão apaixonados são. Vencer é o único foco que temos para este jogo», assumiu.
Ainda relativamente aos lobos da Serra da Freita, Evangelista tem a perfeita noção de que o oponente também só pensará nos três pontos, mas o Famalicão só tem mesmo olhos para a vitória. Até porque depois deste jogo seguir-se-á nova paragem para os compromissos das seleções: «Acredito que o Arouca vem cá [a Famalicão] com o pensamento de que pode ganhar o jogo, mas, acima de tudo, temos de olhar para nós e queremos muito ganhar este jogo para dar sequência ao que fizemos na última partida, fora de casa, e também para oferecer esta vitória aos nossos adeptos. Até porque depois disso haverá uma paragem, e queremos chegar lá com sensações positivas, para que possamos continuar a acrescentar coisas ao nosso processo.»
Armando Evangelista orientou o Arouca entre 2020 e 2023, conseguindo, nesse período, feitos notáveis como a subida dos arouquenses à Liga e, depois, a qualificação para as competições europeias, pelo que o reencontro será sempre especial. Ainda assim, o técnico dos famalicenses diz que o conhecimento é mútuo e que isso não vai pesar durante o encontro.
«Não levo estes jogos para esse campo. É um clube que tive muito prazer de treinar, onde tenho muitos amigos, e da mesma forma que eu conheço profundamente o Arouca, o Arouca conhece profundamente o Armando Evangelista também. Como tal, em termos de conhecimentos e o que isso pode acarretar para o jogo, há um equilíbrio na balança. O que importa é que continuemos a acreditar e a fazer o que temos vindo a fazer, a demonstrar que o processo está a evoluir e que os jogadores estão a subir de forma e cada vez mais capazes, com mais rotinas assimiladas. Isso é que nos pode levar a bons resultados e a boas exibições e é nisso que continuamos a trabalhar», assinalou o técnico, que no passado domingo celebrou o 51.º aniversário, recebendo como prenda a vitória na Vila das Aves.
A concluir, o líder do balneário do emblema de Vila Nova foi também instado a pronunciar-se sobre Ivan Zlobin. O guarda-redes russo esteve, nas últimas épocas, na sombra de Luiz Júnior, mas a saída do brasileiro para o Villarreal abriu as portas da titularidade ao número 1: «Esteve aqui cinco anos a competir muito pouco, é verdade, mas também é verdade que o clube manteve o Ivan [Zlobin] durante estes cinco anos. E de certeza que isso não foi por acaso. Foi sempre um jogador que durante a semana, dia após dia, se preparava sempre como se fosse jogar. A forma dele estar e a sua postura foi sempre essa, com grande seriedade e sempre a trabalhar como se fosse jogar. Para quem o conhece, não é surpresa o que está a fazer. É um grande profissional e está a colher os frutos do trabalho que fez durante estes cinco anos. É preciso ter uma capacidade mental muito grande para estar cinco anos na sombra e continuar a acreditar que o seu dia vai chegar. Como tal, acaba por ser mérito do jogador, naturalmente.»