João Diogo Manteigas, que anunciou, recentemente, a sua candidatura à presidência do Benfica nas próximas eleições, em outubro de 2025, emitiu um comunicado oficial, onde reage à acusação de corrupção por parte da SAD encarnada no caso dos emails.
«Perante as notícias trazidas ontem a público em torno do despacho de encerramento do inquérito no âmbito do processo com o NUIPC 5340/17.7T9LSB, a primeira palavra deve ser dirigida a todos os sócios Sport Lisboa e Benfica e respetivos acionistas da Benfica SAD. A todos estes, enquanto seu consócio, faço questão de passar a mensagem que nada devem temer pois trata-se de um processo que só agora terminou a sua fase inicial (de inquérito) e a Benfica SAD irá certamente preparar a sua defesa nos próximos dias, podendo solicitar a abertura de instrução, caso estejam reunidas as condições legais para obter um despacho de não pronúncia, ou seja, uma decisão judicial que ateste que a SAD não deva ser submetida a julgamento por inexistência de indícios suficientes com vista à aplicabilidade de qualquer pena», começa por escrever.
«Relembro que tal já sucedeu num passado não tão distante no âmbito do processo denominado 'E-Toupeira' em que a Benfica SAD não foi pronunciada através do mesmo procedimento legal. Posto isto, o que interessa hoje é defender o Sport Lisboa e Benfica. Exige-se aos nossos representantes que trabalhem com afinco para defender a nossa instituição, história e valores. Foquem-se nas adversidades sérias e não em comunicações oportunistas de dirigentes de outros clubes ou até de prisioneiros em parte incerta com falsos tiques de justiceiro. E se porventura, algum anterior ou atual representante tiver prejudicado o Sport Lisboa e Benfica, o tribunal da Luz ditará o destino desses prevaricadores! Em casa, como mandam as regras!», acrescentou.
Recorde-se que, esta terça-feira, o Ministério Público acusou a Benfica SAD, a SAD do Vitória FC, o antigo presidente Luís Filipe Vieira e o antigo assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves, de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e fraude fiscal. A Procuradora pede que ambos os clubes sejam impedidos de participação em certas competições desportivas.
Rui Costa, atual presidente do presidente, e à data dos acontecimentos vice-presidente, foi ilibado no processo e será apenas testemunha.