O SC Braga arranca, esta quinta-feira, a participação na fase de liga da Liga Europa. Depois de ter ultrapassado as rondas de qualificação, o conjunto minhoto tem agendada uma receção ao Maccabi Tel Aviv para dar início a uma nova fase da competição. Esta quarta-feira foi, por isso, dia de antevisão à partida para o técnico Carlos Carvalhal.

O treinador arsenalista analisou o momento da equipa, mostrando-se confiante num bom resultado, mas ao mesmo tempo alertou para uma equipa israelita que tem qualidade. O jogo desta quinta-feira será o 800.º na carreira do técnico e, na ótica do próprio, um bom teste à capacidade atual da equipa.

Carlos Carvalhal em discurso direto

Preparação: «Correu bem. Tivemos um infortúnio com o Paulo [Oliveira], que penso não ser nada de grave, em poucos dias estará com a equipa. Correu bem. A equipa muito rapidamente entrou com os níveis de ansiedade muito altos no último jogo. Tivemos creio que oito oportunidades na primeira parte, não conseguimos concretizar nenhuma. Concretizámos na segunda parte e foi visível que os níveis de ansiedade baixaram e subiram os níveis de qualidade. Acho que é o mote para amanhã, que a equipa dê sequência, com níveis de ansiedade nivelados pela exigência do jogo e pela história que o SC Braga tem nesta competição, que queremos honrar. Ao mesmo tempo, imprimir a qualidade daquele momento, que nos permitiu fazer três golos e nos deixou água na boca. Dar continuidade ao que fizemos e vamos a jogo com toda a ambição, respeitando o Maccabi, mas querendo muito vencer.»

Adversário: «As dificuldades vão ser muitas, temos consciência de que a equipa do Maccabi é bastante boa.»

Novo formato da competição: «É uma incógnita. Não sabemos quantos pontos vão ser necessários para seguir direto, para entrar no play-off. Não sabemos se vai haver goleadas, mais vitórias ou mais empates. O que temos de fazer é o que fazemos sempre, abordar um jogo de cada vez. Este é o jogo mais importante das nossas vidas porque é o próximo, o foco está todo no Maccabi. Vamos tentar vencer e seguir em frente na competição.»

@Kapta+

«Independentemente do novo formato, não íamos mudar nada. Íamos tentar vencer os jogos, um de cada vez. Por aí não há grandes diferenças. Há duas situações que estamos a tentar equilibrar. Sempre dissemos, quando chegámos, que não era uma missão fácil. Tínhamos logo uma missão muito difícil a curto prazo, dar continuidade nas competições europeias e ficar na Liga Europa. O grau de dificuldade não baixou desde esse momento até agora.»

«Estamos a construir uma equipa, infelizmente temos um ou outro jogador mais experiente de fora e tivemos que nos assumir neste momento difícil com jogadores jovens, que vieram das segundas divisões espanhola ou alemã e que não conhecem o nosso campeonato e a nossa realidade. Tiveram que se assumir como fundamentais e, felizmente, a sua capacidade levou a que a equipa tenha estado relativamente bem. O que percebemos é que a equipa vai melhorar, está a jogar cada vez melhor e a interpretar as nossas ideias. Amanhã pode ser um bom teste à qualidade no momento da equipa, tendo em conta que vamos defrontar um adversário difícil.»

Jogo 800 na carreira: «Não me sinto velho, obviamente, mas é um longo trajeto até chegar aqui. Fico contente, mas se é especial ou não só respondo no final do jogo. Vencendo é especial.»

Desgaste recente: «Na altura eu disse que estava todo roto, é uma realidade, mas não tinha a ver com os nossos jogos. Tinha a ver com dois esforços que coincidiram naquela altura. O esforço acrescido era o facto de não conhecermos alguns jogadores que estavam no plantel a fundo. Estivemos a documentar-nos, a ver vídeos individuais dos jogadores para estarmos atualizados, em conjunto com a preparação dos jogos. E nessa altura o mercado estava aberto, é uma tortura para os treinadores. Temos que às vezes, entre o jogo de quinta-feira e o de domingo, ver 15/20 jogadores e a responsabilidade de olhar para um jogador e ver se interessa para o SC Braga ou não tem que partir do treinador. Eu é que tenho a decisão final. Neste momento estamos bem, frescos, mais tranquilos em termos emocionais. Há que encontrar o ponto certo entre essa serenidade, que é importante, e a atitude competitiva que tem que estar presente. Vamos com tudo amanhã.»