De 8 e ao 80 para os quartos de final, com carimbo dado também na vitória do grupo. Contra a Polónia, uma noite que começou perra acabou em goleada por 5-1 e alguns momentos de muito bonito futebol.
Após um primeiro tempo de dificuldade, a entrada de Vitinha e o 1-0 deram a confiança necessária para Portugal conseguir minutos de luxo futebolístico. Uma mão cheia de alegria e um prémio justo ao apoio vindo do público.
Fantasmas antigos
Na maior surpresa na equipa escolhida por Roberto Martínez, João Neves pela primeira vez titular nesta Liga das Nações. A alegria e forte apoio das bancadas do Dragão acabaram, porém, por não ter sequência dentro das quatro linhas.
Seja por demérito português ou um primeiro tempo marcado por muitas paragens - os polacos também jogaram com este ponto -, a seleção das quinas esteve bastante cinzenta até ao descanso. As melhores oportunidades, aliás, pertenceram aos visitantes.
Lentidão e alguma confusão de movimentos, com Pedro Neto e Diogo Dalot a ocuparem várias vezes os mesmos terrenos. No contra-ataque, sustos para Diogo Costa e Bartosz Bereszynski em destaque, até ao momento da sua saída devido a problema muscular.
Os sinais de insatisfação começaram a surgir e, por protestos, Bruno Fernandes - desta forma suspenso para o jogo na Cróacia - e Cristiano Ronaldo viram cartões amarelos.
O capitão gesticulou com os braços a pedir apoio do público, mas era a equipa que tinha de fazer por isso, o que não vinha a acontecer desde o apito inicial.
E tudo acabou por mudar
Mudanças pediam-se e a entrada de Vitinha foi nesse sentido. O médio do Paris Saint Germain trouxe mais capacidade no jogo vertical e contribuiu para uma melhor versão de Portugal.
Diogo Costa até voltou a ser chamado ao trabalho, porém, o pedal de dois grandes velocistas luso deu o golpe tão desejado na partida. Arrancada e finalização de Rafael Leão, com contribuição de Nuno Mendes num cruzamento perfeito.
O golo deu confiança à equipa portuguesa e um adversário mais subido permitiu outro tipo de espaços. De uma bonita jogada da turma das Quinas resultou grande penalidade, devido a mão de Jakub Kiwior. Si? Siiii em sincronização perfeita entre as bancadas e CR7.
Até final, chocolate puro lusitano. Um tiro de Bruno Fernandes, magia de Pedro Neto e bis acrobático de Ronaldo para a goleada, que não perdeu brilho com o tento de consolação do adversário.
Uma noite para recordar, mesmo que nem tudo tenha sido perfeito. Segue-se a Croácia, oportunidade para testes e minutos a elementos que merecem palco. Tudo indica que em março a exigência aumenta.