Benfica e Nordsjaelland deslocaram-se até Sarajevo para disputar a primeira eliminatória de acesso à Liga dos Campeões e foram interrompidas aos... três minutos. Uma tempestade atingiu a capital Bósnia e obrigou à interrupção da partida durante mais de 40 minutos. Tendo em conta o resultado favorável das águias, é caso para dizer: depois da tempestade, veio a bonança.

As comandadas de Filipa Patão assumiram a responsabilidade da partida e resolveram a questão nos primeiros 45 minutos. Um golo de Nycole Raysla e um bis de Cristina Martín-Prieto, foram o suficiente para ultrapassar tranquilamente as nórdicas. Anna Walter marcou o golo das dinamarquesas - 3-1.

Um vendaval ofensivo

Os primeiros 45 minutos da partida foram de sentido único. As águias de Filipa Patão não deixaram as nórdicas respirar por um minuto, e pisaram o acelerador durante toda a primeira metade.

As encarnadas entraram com bastante dinâmica e mobilidade ofensiva. O 4-3-3 - no papel -, que se desdobrava num 3-5-2 pareceu sempre demasiada areia para o camião nórdico. Nycole e Martín-Prieto fizeram parelha na frente. Andreia Norton como apoio. Gasper e Pauleta formaram o duplo pivot. Marie Alidou e Catarina Amado a dar largura.

Cristina Martín-Prieto abriu - finalmente - a contagem aos 23 minutos, de cabeça, depois de um pontapé de canto batido eximiamente por Marit Lund. As águias continuavam a apertar com o Nordsjaelland, mas Brunholt - guarda-redes - ia evitando males piores para as nórdicas.

À passagem do minuto 39, Nycole Raysla, depois de mais uma impressionante defesa da guardiã dinamarquesa, na recarga, conseguiu fazer o segundo golo do Benfica. Volvidos seis minutos, a sua companheira de ataque, a nova matadora encarnada, Martín-Prieto, decidiu abrir o livro. Encontrada dentro da área adversária por Catarina Amado, e com apenas dois toques - um para receber, outro para rematar -, fez um verdadeiro golaço!

Tempestade? É melhor desacelerar

Na segunda metade o jogo equilibrou... porque o Benfica assim quis. As encarnadas retiraram o pé do acelerador e deixaram as estreantes dinamarquesas acreditarem que ainda podiam «assustar».

Joana Silva entrou para o lugar de Marit Lund e permitiu a subida no terreno de Catarina Amado. Emilia Ásgeirsdóttir e Anna Walter aproveitaram o balanceamento ofensivo das águias, para explorarem o espaço de ninguém nas costas do meio-campo e entre as laterais e as defesas-centrais das águias. É assim que nasce o espetacular golo de Walter aos 56 minutos - vale a pena ver (e rever).

Até ao final o resultado não se alterou, mais por falta de eficácia do que por falta de oportunidades. A partir dos 60 minutos o jogo descaracterizou-se - substituições e cansaço como razões principais. O jogo de posse ofensiva das águias, transformou-se numa partida de parada e resposta, com ambas as formações bastante partidas no terreno.

Destaque negativo para a lesão de Catarina Amado que saiu com bastantes queixas e pode ser baixa para o encontro frente ao SFK 2000 Sarajevo - próximo adversário na Women's Champions League.