Melhor a emenda que o soneto, neste caso. O Sporting sofreu muito, com o adversário e o relvado escorregadio, mas agarrou-se à crença - com estrelinha à mistura - para sair de Eindhoven com mais um ponto na caminhada nesta Liga dos Campeões (1-1).
Do banco acabou por sair o golo do empate, num duelo em que os leões nunca estiveram estáveis e permitiram um grande volume ofensivo ao rival. Para Amorim, uma noite que comprovou a teimosia do técnico em apontar melhorias aos verde e brancos, mesmo após goleadas. Aqui o nível é outro!
Aperto total
Campeões e líderes invictos nas tentativas de defesa dos campeonatos internos, o equilíbrio parecia que ia marcar este PSV-Sporting. Não foi preciso muito, porém, para a
A pressão alta e as marcações individuais, ADN das equipas de Peter Bosz, criaram muito desconforto ao leão. Com a defesa abafada pelos opositores diretos, os erros surgiram e começou a cheirar a golo.
Gonçalo Inácio, de regresso ao onze, não esteve feliz com bola e originou o primeiro momento de perigo da partida. Um pouco mais tarde, Debast arriscou num passe para Geny, muito marcado. O extremo, habitual ala, perdeu o duelo com Schouten, que atirou na sequência um indefensável remate para abrir o ativo.
Após o lance, o moçambicano do Sporting trocou de chuteiras. Nota para as muitas escorregadelas que afetaram a equipa portuguesa, em dificuldades num aparentemente bem tratado relvado do Philips Stadion. Os treinos de adaptação são prática cada vez menos comum.
As dificuldades seguiram para a turma de Alvalade e até Gyökeres viveu noite difícil, bem acompanhado pelo forte central Ryan Flamingo. Em tentativa de interceptar um remate, Diomande contraiu uma entorse e saiu de cena.
Eduardo Quaresma foi a jogo e trouxe energia aos visitantes, um pouco mais reconhecíveis perto do intervalo. Ainda assim, num cenário idêntico ao que o Sporting encontrou na última época frente à Atalanta, ficou espelhada muita dificuldade de resposta contra este tipo de adversários.
Banco de parabéns
Ajustes que Amorim tenha feito ao descanso, não tiveram grandes resultados práticos. Só o desperdício do PSV impediu que o encontro tivesse ficado fechado mais cedo.
Afortunado por ainda estar vivo, o Sporting acabou por ter na entrada de Daniel Bragança um rasgo de clareza e de alguma capacidade para atacar de forma consequente. Quenda e Trincão foram também mais protagonistas e o empate, que parecia uma miragem, ficou mais perto.
Num lance caricato, Eduardo Quaresma cavalgou ao seu estilo e apenas foi travado pelo relvado, após cair sem oposição de cara para o golo. Parecia ser o retrato perfeito da noite verde e branca, até ao recém entrado Maxi Araújo cruzar para o empate, obra de Daniel Bragança.
Harder ainda ficou perto do 1-2, mas os deuses do futebol já muito tinham dado ao leão. O Sporting sai com um ponto e aprendizagens que podem ser muito úteis para o futuro.