O empate tardio na receção ao United ficou a pairar na cabeça do Dragão durante um largo período de tempo - equipa ansiosa e muito insegura em momentos decisivos -, mas Galeno e Pepê trataram de caçar os fantasmas europeus.

Na receção ao SC Braga (2-1), o FC Porto regressou às vitórias com os golos dos internacionais brasileiros. Do lado braguista - resposta positiva à derrota pesada na Grécia -, Roger fez o único golo da noite.

Em relação ao jogo, nem Vítor Bruno, nem Carlos Carvalhal apresentaram quaisquer novidades de relevo no 11. Nota para o trio de meio campo portista que, depois de várias experimentações, parece finalmente estar solidificado: Varela - Eustáquio - Nico.

Euforia no início e no fim

Primeiros 45 minutos de incerteza, hesitação, euforia - no começo e no fim - e (alguma) instabilidade no Dragão. Dentro e fora de campo. Nas bancadas, apupos em momentos de inércia; Dentro de campo, alguma hesitação no momento da definição: assistir, rematar, driblar, ou jogar pelo seguro (?).

O SC Braga, por sua vez, foi catalisador dessa dúvida azul e branca. Carvalhal conseguiu - ainda que por raras vezes - provocar algum pânico perto de Diogo Costa e, acima de tudo, incomodar as bancadas com um jogo pautado pela segurança, posse de bola infrutífera e organização.

Não obstante os esforços braguistas, foi sempre o FC Porto quem esteve mais perto do golo. Ao minuto três, Samu (quem mais podia ser?) não vacilou na primeira oportunidade, contudo, no momento anterior ao remate, tirou João Ferreira do lance com um empurrão claro.

Depois, como referido, um período de incerteza, em que a pontaria de Nico e Galeno esteve, por centímetros, desafinada. Até ao minuto 45. Galeno sofreu uma carga de João Ferreira nas costas e o brasileiro, dos 11 metros, enganou Matheus. Resultado justo ao intervalo.

United na cabeça...

Segundo tempo, começo totalmente diferente. SC Braga, em desvantagem, entrou mais pressionante, criou a primeira grande oportunidade com um remate por cima de Ricardo Horta e chegou ao golo, num lance parecido, pouco tempo depois.

E que golo, caro leitor. Roger Fernandes (apenas 18 aninhos) arriscou num remate à entrada da área, encheu o pé e não deu hipóteses a Diogo Costa. A resposta portista foi, no entanto, quase imediata.

Pepê e Nico combinaram - belo passe do espanhol e sagaz o brasileiro na forma como atacou o espaço - e o extremo, num remate rasteiro, finalizou forte na cara de Matheus. Com o 2-1, Vítor Bruno e Carvalhal mexeram, o SC Braga foi em busca do empate e esteve com o claro ascendente na partida. Mais bola e muito mais nervosismo do lado da casa.

Com os fantasmas do empate tardio contra o United, o FC Porto - mesmo com as mexidas - esteve muito ansioso com bola, falhou muitos passes fáceis e deixou Diogo Costa em aperto.