Diogo Ribeiro despediu-se, esta sexta-feira, dos Jogos Olímpicos, depois de não ter conseguido o apuramento para as meias-finais dos 100 metros mariposa. O nadador português fez um balanço da sua prestação e deixou algumas críticas à organização dos Jogos Olímpicos.
«Não estou de todo contente por aquilo que fiz, merecia muito mais.. não só merecer, mas acho que conseguia fazer melhor. Vim para aqui a dizer que desde que deixasse tudo na piscina ficava contente. Sinto que não deixei tudo, mas quase tudo. Havia pouca margem para melhoria. Comecei só ontem a treinar mariposa outra vez. Estava com más sensações», começou por explicar, em declarações à RTP.
«Sinto que não é só a minha natação que não está a correr bem, mas tudo o que está a englobar estes Jogos. Para mim a única coisa que está bem é haver autocarros. A alimentação não é boa, o prédio está longe da alimentação. Estamos a andar bastante para ir comer o que não é bom. Mexe connosco, humidade, horários de competições, piscina sem as melhores condições. Não sou só eu que achava, houve um recorde do mundo do chinês [Pan Zhanle]. Tempo fenomenal, mas quem sabe se não podia ter feito 45 segundos. Podia ter sido melhor. É a primeira participação. Nunca se perde nada, sinto que precisava disto para saber para o que e que venho», prosseguiu.
«Para mim não importa se a profundidade da piscina é alta ou baixa. Não gostei muito da piscina, sim do ambiente e das pessoas. Hoje não correu como esperava. É voltar para a próxima mais forte. No Mundial fiquei na pista 1 e fui prata. Isso é mais para dar uma desculpa e não o vou fazer», acrescentou.
Sobre a mentalidade: «Em todos os desportos, os atletas têm mentalidade forte, tenho 19 anos mas acho que treino o meu psicológico, porque consigo estar a falar de forma tranquila apesar do que aconteceu ali dentro. Vim aqui ganhar experiência. Não posso ficar triste. Sou mais forte que isso.»
Acerca do apoio que recebeu: «Vi várias bandeiras. Várias pessoas me mandaram mensagens. Sentir esse apoio dos portugueses e para mim dos benfiquistas também é muito importante.»