Estão encontrados os dez pilotos que garantiram a Q2 desde já, após o primeiro dia de sessões na Indonésia, e com o record de pista a cair, sem surpresas. Inicialmente até foi Jorge Martín a dar o mote, mas no final foi Enea Bastianini o mais forte e fechou a sessão na frente, com Pecco Bagnaia a ter de esperar até aos minutos finais para assegurar, com certezas, a vaga.
E eis que chegávamos à sessão mais importante do dia no MotoGP, com os pilotos a poderem garantir desde já um lugar na Q2, já sem Miguel Oliveira em pista devido à queda sofrida no FP1, e que forçou o português a ir até ao hospital.
Jorge Martín começou por dar o mote na sessão com uma volta em 1:33.023s, à frente de Brad Binder, Pedro Acosta, Raúl Fernández, Enea Bastianini, Franco Morbidelli, Maverick Viñales, Marc Márquez, Luca Marini e Álex Rins, com estes a serem os donos dos 10 lugares mais desejados, para já.
Acosta acabaria por chegar ao topo da sessão mas, logo depois sofreu uma queda na curva 1.
E cerca de um minuto depois M. Márquez fez aquilo que poucos sabem fazer como ele, com um save à Márquez que deixou os elementos da sua garagem boquiabertos, à espera de o ver no chão, algo que não aconteceu:
Com quase 15 minutos decorridos na sessão, já com Morbidelli a liderar as hostes, com um tempo de 1:30673s, grande parte dos pilotos seguiram para a garagem. Martín era segundo, Marco Bezzecchi terceiro, Bastianini quarto e M. Márquez fechava para já o top cinco na sessão. Quem tinha também entrado no top dez era Jack Miller (sétimo), tal como Álex Márquez e Augusto Fernández.
Pouco mais de cinco minutos depois os pilotos começavam gradualmente a ir para a pista, e, a 37 minutos do final a sessão tinha novo líder, M. Márquez, que concluía uma volta em 1:30.590s. Até ao momento Pecco Bagnaia não tinha ainda verdadeiramente tentado um ataque aos tempos e estava, para já, em 14.º.
Acosta voltou a apertar o ritmo e subiu novamente ao topo da tabela de tempos, e apesar da proximidade de M. Márquez, que melhorou o seu registo, o rookie continuava na frente com 1:30.411s.
Entretanto um pouco de jogos mentais a envolver Martín e os pilotos da fábrica, primeiro foi Bagnaia atrás do espanhol e pouco depois Bastianini, com o #89 a deixar-se ultrapassar para ele mesmo se colocar na traseira do adversário, mas «apenas» para logo depois o #23 voltar a deixar-se ultrapassar.
Seguiu-se a queda, na curva 16, de Aleix Espargaró. De referir que nesta fase da sessão não havia qualquer Aprilia entre o top dez, contrariamente à Yamaha, com Fabio Quartararo já bem posicionado, em sétimo.
A situação mudou pouco depois, e com esta a entrar na fase final, com 20 minutos por correr, o top dez estava assim ordenado: Acosta, Bezzecchi, M.Márquez, Di Giannantonio, Martín, Quartararo, Viñales, Bastianini, Morbidelli e R. Fernández.
Na garagem da Ducati muito parecia ser o cuidado com Bagnaia, com o piloto a sair e rapidamente a entrar em pista e desde logo a ser rodeado por vários elementos, e chefia da fabricante.
Aleix Espargaró entretanto voltou a cair, sem gravidade e uma vez mais na curva 16. Martín estava em pista com um pneu macio novo na traseira da sua moto e iria atacar certamente os tempos, ainda com Acosta como líder, com 0.004s de vantagem sobre Bezzecchi.
E Martín deixou claro para o que vinha… e cumpriu, com uma volta em 1:30.317s, e na volta seguinte melhorou o seu registo agora ao entrar no segundo 29, em 1:29.670s e a fazer assim a volta mais rápida de sempre em Mandalika. Johann Zarco era segundo ao colocar-se a 0.574s.
A 11 minutos para o final da sessão Acosta também encontrou no segundo 29, tal como Bastianini. O italiano estava com setores a vermelho mas o terceiro setor a não ser particularmente surpreendente, no entanto recuperou e passou para a frente da sessão e deixou Martín a 0.040s, fazendo assim novo record.
Binder entretanto foi ao chão, sem gravidade para o sul africano, e era de notar também a melhoria de Bagnaia, ao ser nono e a garantir para já a Q2 provisoriamente.
A sessão estava mesmo nos minutos finais e Álex Márquez foi ao chão, enquanto Pecco Bagnaia parecia estar a ganhar confiança em pista: o campeão do mundo estava com um ritmo forte e estava abaixo do tempo record de pista mas acabou por ser insuficiente para passar para a frente da sessão mas uma volta bastante forte, que o deixou em terceiro.