Não é fácil, mas Erick conseguiu ser o melhor em campo nos dois jogos de Portugal. Maturidade, capacidade de envolvimento no jogo, perceção das necessidades da equipa a cada momento, disponibilidade física invulgar e condições técnicas que provocam uma sensação de segurança e de mobilidade invejáveis ao combinado nacional.

O jogador do Barcelona não esconde alguma surpresa pelos dois prémios consecutivos: «Estou um bocado sem saber, mas só é possível eu ter ganho estes prémios por causa dos meus companheiros. Não sou muito focado nestes troféus, mas não deixa de ser bom em dois jogos, ganhar duas vezes, claro…»

Aos 29 anos e com muito futsal nas pernas, o internacional português, convidado a estabelecer uma comparação entre os Mundiais da Lituânia e do Uzbequistão, é claro: «São dois campeonatos do mundo completamente distintos, e não tenho dúvidas de que a fase em que nos apresentamos agora, para além de diferente, é melhor.»

«Mais maduros, irreverentes, com ‘carne’ fresca com outra forma de estar que nos ajuda também, e acho que muito mais confortáveis a jogar com Marrocos este ano do que naquele ano», sublinha em conversa com os jornalistas esta sexta-feira.

Bastando o empate a Portugal para garantir a vitória no grupo E, Erick avisa que «isso não é um bom pensamento». E quanto a Marrocos, «é o adversário mais difícil dos três da fase de grupos e das seleções mais difíceis que podíamos enfrentar».

Na radiografia à equipa magrebina, o camisola 8 de Portugal elogia «uma seleção recheada de qualidade», mas logo refere que «mais importante do que os outros, é focarmo-nos em nós, que também somos uma seleção recheada de qualidade».