O georgiano Sandro Bazadze, atual número um mundial, permaneceu este sábado vários minutos na pista em protesto com a derrota sofrida nos oitavos de final da prova individual de sabre da competição de esgrima dos Jogos Olímpicos Paris 2024.
O atirador alegou que foi prejudicado pela arbitragem no duelo em que foi batido por 15-14 pelo egípcio Mohamed Amer.
"Fui número um do mundo nos últimos três anos e, tal como em Tóquio, pela segunda vez os árbitros mataram-me. Em Tóquio, destruíram a minha vida, quase parei a minha carreira e voltei para me preparar para os Jogos Olímpicos. E agora voltaram a matar-me", disse o atleta na zona mista, referindo que a "carreira acabou".
Sandro Bazadze entrou mal no duelo, mas conseguiu recuperar e levou a disputa para o toque decisivo, que acabou por perder, numa decisão da árbitra espanhola Vanesa Chichon.
“O árbitro trata-me como se eu não fosse ninguém”
Em Tóquio2020, nas meias-finais dos Jogos Olímpicos, perdeu por 15-13 com o húngaro Aron Szilagyi, antes de ver o bronze escapar-lhe diante do sul-coreano Kim Jung-hwan (15-11).
"Treinei durante 21 anos para isto e a árbitra trata-me como se eu não fosse ninguém quando lhe peço para me explicar a sua decisão. Qualquer pessoa pode ver o vídeo", referiu.
Antes, na prova de espada feminina, a chinesa Sun Yiwen, atual campeã olímpica, também se recusou a abandonar a pista, após ter sido eliminada pela japonesa Miho Yoshimura, por 14-13, logo na entrada em competição.