Estoril-Sporting: antevisão, ausências e onzes prováveis

Como é que um canarinho impede um leão de fechar a boca?

À custa de músculos? Difícil. Artes marciais? Nem por sombras. Inteligência? Talvez, talvez.

Se o Estoril Praia tiver a capacidade de perceber a melhor forma de ferir o poderoso Sporting, rei da selva nesta I Liga 24/25, então o dérbi na Amoreira promete.

Se Ian Cathro procurar o braço de ferro, a força para combater força, então os visitantes reforçam o estatuto de favoritos.

Impossíveis não há, muito menos em futebol, mas é certo que este é um dos jogos em que existe um aparente desnível de capacidade. Muito por culpa do Sporting, mais convincente do que nunca, mas também pela evidente irregularidade o Estoril na campanha em curso.

É certo que a equipa de Cahtro não perde há quatro jornadas - três empates e uma vitória sobre o Nacional -, mas o treinador escocês anda ainda à procura das melhores opções. As lesões de Xeka e João Carvalho vieram, naturalmente, atrapalhar esse processo.

Por outro lado, a boa notícia na perspetiva estorilista passa pelo regresso de Jordan Holsgrove. Em condições normais, o escocês será um dos donos do meio-campo. Na frente, há algumas possibilidades: Alejandro Marquês marcou nos Arcos e pode entrar na equipa, embora Yanis Begraoui possa também, tomar conta da posição '9'.

Outro dado importante: Joel Robles, contratação mediática para a baliza, foi um dos melhores em Vila do Conde e parece ter adquirido os níveis ideais de confiança.

No Sporting, Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma já podem ir a jogo, mas é mais do que provável a repetição da equipa apresentada. Geny Catamo foi poupado frente ao AVS e pode ser a única novidade, para o lugar de Nuno Santos (mais provável) ou Quenda.

Peças na mesa, favoritismo absoluto do leão na casa de um canário ainda sem asas para voar. Nem força para deixar a boca do felino bem aberta.

Três exceções à regra de domínio leonino

Em 29 visitas à Amoreira, o Sporting perdeu apenas três vezes. A primeira em 1976, num jogo resolvido pelo brasileiro Clésio Esmael. A segunda foi já em 2013 (3-1) e a terceira em 2018 (2-0).

No reinado de Rúben Amorim, os leões ganharam sempre na curta visita ao concelho de Cascais. 1-0, 2-0 e 1-0 nos três últimos duelos.