No dia 31 de julho foi quebrado o primeiro recorde mundial em Paris 2024, um feito conseguido por Pan Zhanle, nadador chinês que completou a prova dos 100 metros livres em 46,40 segundos. O tempo conseguido pelo jovem de 19 anos impressionou até os adversários que, inclusive, já começam a pôr em causa o feito de Pan Zhanle.

É o caso de Brett Hawke, ex-nadador olímpico e atual treinador do atleta que perdeu o ouro para Zhanle, Kyle Chalmers. O treinador australiano usou as suas redes sociais para pôr em causa o recorde de Pan Zhanle, que considerou «humanamente impossível».

«Estudei durante trinta anos este desporto e aquela velocidade não é real. Não podes vencer um grupo como este com uma vantagem daquelas. Eles são os melhores da história. É humanamente impossível», referiu Brett Hawke após a prova dos 100 metros livres.

Aquilo que poderia ser levado como um caso de falta de fair play levantou questões sobre algo que, recentemente, assombrou os atletas chineses: casos de doping. Em abril, veio à tona que 23 dos melhores nadadores chineses testaram positivo para trimetazidina, em 2021. Apesar do escândalo, mais da metade deles pôde estar presente em Paris 2024. Contudo, o nome de Pan Zhanle não estava nessa lista.

Apesar das graves acusações do seu treinador, Kyle Chalmers, australiano que ficou com a medalha de prata nos 100 metros livres, rejeita que o adversário tenha usado doping: «Tenho confiança nele. Acho que ele fez tudo o que pôde para estar aqui e é por isso que ele merece a medalha de ouro».