Graham Potter trocou o Brighton & Hove Albion pelo Chelsea, durante a temporada 2022/23, tendo liderado os clube em 31 partidas. O técnico abordou, esta sexta-feira, a caminhada que teve nos blues e referiu, em entrevista ao The Telegraph, que a dimensão do plantel foi um entrave, em termos de logística, para o projeto que planeava instaurar no clube.

«Vejo o Chelsea como uma experiência inacreditável que tive, não correu tão bem como eu gostaria. Tenho que assumir a responsabilidade por isso, mas acho que estou melhor e serei com certeza um treinador melhor agora», começou por referir.

«Alguns jogadores tinham que se sentar no chão [na sala de reuniões]. Claro que não é o ideal. Toda a gente reconheceu que era uma situação muito complicada porque só se pode escolher onze jogadores e tens 20 jogadores que não jogam... Se encontrarem um treinador que diga 'Sim, essa é a melhor condição’, eu ficaria muito surpreendido», sublinhou.

O treinador mostrou-se ainda desapontando por ter sido despedido antes de defrontar o Real Madrid: «Não posso mentir, claro que me incomodou. É o Real Madrid para os quartos da Liga dos Campeões. Que jogo! Sentíamos que podíamos fazer alguma coisa. Por isso foi dececionante.»

Graham Potter decidiu manter-se afastado dos holofotes e admitiu que ultrapassou a desilusão com a ajuda da música e... Taylor Swift: «O mais importante era conectar-me com a minha família e com os meus amigos. Estar sob olhar do público é uma consequência do trabalho, então escolhi não ficar quando não precisava.»

«Passei algum tempo com Steve Borthwick na seleção inglesa de râguebi. Fui aos Estado Unidos da América e assisti alguns desportos lá. Fui para as Ilhas Malvinas e fiz uma palestra sobre liderança. Para horror do meu filho de 14 anos, fui ver o espetáculo de Taylor Swift. Ele não é tão fã quanto eu», declarou.

Potter estreou-se como treinador principal ao serviço do conjunto sueco Ostersunds FK, tendo liderado o clube durante cinco épocas e meia. Rumou ao Swansea, em 2018, antes de aceitar o projeto ambicioso do Brighton. Orientou os seagulls em 135 partidas, antes de rumar ao Chelsea.