Las Vegas está a dizer “não” ao formato de corrida sprint da Fórmula Um, optando em vez disso por reforçar o que já a distingue: um emocionante confronto na noite de sábado ao longo da icónica Strip. Com o Grande Prémio de Las Vegas do ano passado a proporcionar mais ultrapassagens do que qualquer outra corrida, a Diretora Comercial da F1, Emily Prazer, confirmou que a corrida vai manter o seu formato de evento principal, resistindo à pressão por uma corrida sprint adicional.

“Estamos bastante confortáveis em deixar Austin e Miami ficarem com a sprint porque temos muito mais a acontecer de qualquer forma,” disse Prazer aos repórteres, enfatizando que a intensa ação do ano passado estabeleceu uma fasquia elevada. Prazer apontou que o circuito de Las Vegas, ao contrário da pista de Austin, construída para o efeito, ou do layout do Hard Rock Stadium de Miami, enfrenta um obstáculo logístico—42 locais ao longo da Strip precisam de ser abertos e fechados diariamente para a corrida. Esta configuração exige um cronograma preciso, e adicionar uma corrida sprint apenas aumentaria o risco de atrasos.

“Se algo acontecesse na pista, conseguiríamos resolver rapidamente?” notou Prazer, refletindo sobre conversas com os promotores de Singapura, que se maravilharam com os complexos encerramentos de estradas. “Eles mantêm as estradas fechadas durante sete dias. Consegue imaginar-nos a fazer isso aqui? Isso nunca aconteceria.”

A posição única do calendário da corrida de Las Vegas entre Miami em maio e Austin em outubro também traz equilíbrio ao calendário americano da F1. A CEO do Grande Prémio de Las Vegas, Renee Wilm, destacou as distinções culturais entre os três locais nos EUA. “Las Vegas tem o glamour e o brilho, tal como Miami, enquanto Austin é um mercado completamente diferente—botas de cowboy, bandeiras americanas. É o coração da América,” explicou Wilm.

Adicionando à emoção, Las Vegas está prestes a ser um potencial decisor de títulos esta temporada, com Max Verstappen da Red Bull a liderar o grupo, 62 pontos à frente de Lando Norris da McLaren e apenas três corridas restantes.

O impacto da corrida do ano passado na economia de Las Vegas foi enorme, transformando novembro—tipicamente um mês médio—no segundo melhor mês da história da cidade. Steve Hill, CEO da Autoridade de Convenções e Visitantes de Las Vegas, destacou a importância da corrida: “O Grande Prémio de Las Vegas transformou novembro num evento de destaque para a cidade, criando entusiasmo e impacto económico como nunca antes.”

Para os fãs da Fórmula Um, o GP de Las Vegas promete trazer mais do que é conhecido: ação em alta velocidade, ultrapassagens dramáticas e uma cidade que sabe como fazer um espetáculo.