Goleador lembra primeiros passos na Liga dos Campeões e a ascensão na carreira até chegar a Alvalade
Aos 26 anos, 'fresquinho' de um hat trick na estrondosa vitória dos leões com o Manchester City (4-1), o goleador assume que já cumpriu um "sonho" ao atuar na liga milionária, mas esta é apenas a ponta do iceberg. "Sempre tive o sonho de jogar na Liga dos Campeões. Via os jogos na televisão e queria desesperadamente estar lá. Ainda só joguei um par de jogos na Champions, por isso sinto que ainda não deixei a minha marca", atira Gyökeres, autor de 5 golos em 4 jogos na competição.
Ao olhar para trás, o sueco recorda os primeiros toques na bola no Aspudden-Tellus, pequeno clube nas imediações de Estocolmo, e o importante papel do pai, Stefan. "Foi decisão dos meus pais, não minha. Eles achavam que devia treinar com uma equipa, o que ao início eu não gostei. O meu pai era, também, o meu treinador. Era um bocadinho estranho. Fazermos essa jornada juntos ajudou-me muito, partilhámos os bons e os maus momentos", confessa, antes de lembrar os sacrifícios que fazia quando se mudou, aos 16 anos, para o Brommapojkarna. "Como era tão longe tinha de ir diretamente da escola para o treino, não tinha tempo para ir a casa. Utilizava a linha verde do metro e depois andava 10 ou 15 minutos", explica, acrescentando que a adaptação de extremo para avançado foi "muito difícil": "Para ser sincero não era muito divertido. Enquanto todos os outros treinavam normalmente, eu treinava sozinho do outro lado do campo. Foi muito difícil, mas ajudou-me a chegar a outro nível".
Aquele que é hoje um dos avançados mais prolíferos da Europa deixa, ainda, um conselho para os mais jovens. "Se lhes tivesse que dar um conselho seria que não se devem comparar a ninguém. Não interessa se não estão num grande clube quando são novos, devem continuar a trabalhar. Se o fizerem bem, as coisas vão acontecer rapidamente", remata.