Relatos impressionantes provenientes do continente africano. A Nigéria viajou para a Líbia (o seu próximo adversário na qualificação para o CAN 2025), mas contou com um trajeto bastante atribulado, uma vez que ficaram várias horas retidos no mesmo aeroporto e, sublinhe-se, sem acesso «a comida ou bebida».
As informações foram divulgadas por William Troost-Ekong, capitão da Nigéria, que descreveu as últimas horas da sua seleção. «Estivemos mais de 12 horas num aeroporto abandonado na Líbia, depois do nosso avião ter sido desviado. Trancaram as portas do aeroporto e deixaram-nos sem conexão telefónica, comida ou água. Tudo relacionado com jogos mentais», começou por referir, em declarações reproduzidas na conta pessoal da rede social X.
«Presenciei vários cenários a jogar fora de portas em África, mas isto é um comportamento vergonhoso. O piloto tunisino que estava connosco disse que nunca tinha visto nada assim. Ao chegar, ele tentou encontrar um aeroporto próximo para descansar com a tripulação, mas foi negado por instruções do governo. Ele podia dormir lá, mas nenhum nigeriano podia estar com ele», acrescentou, antes de explicar os procedimentos adotados.
«Entramos em contacto com o governo da Nigéria e decidimos que não vamos jogar esta partida (...) Não aceitaremos viajar para qualquer lado (em estrada) mesmo com segurança, não é seguro», acrescentou o defesa de 31 anos, atualmente a representar o Al-Kholood, da Arábia Saudita.