A avançada brasileira Marta foi esta quarta-feira expulsa na derrota com a Espanha, por 2-0, em jogo do torneio olímpico de Paris2024, que pode marcar o fim da carreira internacional de uma das primeiras estrelas globais do futebol feminino.

Marta, de 38 anos, foi punida com o cartão vermelho direto em período de compensação da primeira parte, aos 45+5 minutos, devido a uma falta perigosa sobre a capitã espanhola, Olga Carmona, numa altura em que o encontro da terceira e última jornada do grupo C estava empatado 0-0.

A veterana jogadora, que disputa pela sexta vez os Jogos Olímpicos e integrou a seleção brasileira que conquistou a medalha de prata em Atenas2004 e Pequim2008 (derrotas nas finais com os Estados Unidos), abandonou em lágrimas o relvado do estádio, na cidade francesa de Bordéus.

Designada melhor futebolista mundial por seis vezes, entre 2006 e 2010 e em 2018, Marta pode ter terminado da pior forma a carreira internacional, uma vez que o Brasil concluiu a primeira fase no terceiro lugar do grupo, atrás da Espanha, atual campeã do mundo, e do Japão.

Apenas se apuram para os quartos de final os dois melhores terceiros classificados dos três grupos do torneio olímpico de futebol feminino e a seleção brasileira, apesar de estar em posição de qualificação, pode terminar como o pior terceiro posicionado.

Jogadoras espanholas elogiam postura da jogadora brasileira

A seleção espanhola feminina elogiou a postura da brasileira Marta, que pediu desculpa às adversárias, após ser expulsa na derrota das 'canarinhas' por 2-0, em jogo do torneio olímpico de Paris2024.

"Ficámos tristes, porque ela também nos pediu desculpa. Disse que não tinha visto a Olga [Carmona] a chegar. Ela pediu desculpas e, na verdade, acho que estava a chorar por causa disso. Foi uma pena, ela é uma lenda para todos, para todos. Não sei se será o seu último jogo ou não, mas vou sempre agradecer por tudo o que deu ao futebol feminino", expressou Patri Guijarro, do Barcelona, no final do desafio.

Já Athenea Del Castillo, do Real Madrid, considerou que a ação foi "fortuita" de uma jogadora que será sempre uma "referência".

"No final das contas, uma lenda como a Marta, com toda a história que ela tem, não podemos manchá-la por essa ação. Foi uma ação fortuita. Desejo-lhe o melhor. Para mim, ela sempre foi uma lenda, uma referência", manifestou.


Com LUSA

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