Está decidido: a França vai defrontar a Espanha na final do torneio olímpico. Frente ao Egito, os comandados de Thierry Henry anularam a vantagem da seleção africana (2-1) e carimbaram o bilhete para as decisões entre o ouro e a prata.

Longe de apresentar todas as conhecidas estrelas do seu futebol, mas com matéria-prima mais que suficiente para se apresentar como favorita, a seleção gaulesa controlou, sem surpresas, a maior parte do despique.

Apesar do do esforço visível dos faraós para nivelar as forças, as melhores ocasiões pertenceram aos bleus que, mesmo sem uma exibição de encher o olho, chegaram ao intervalo com ocasiões de sobra para estar em vantagem.

Adrien Truffert deu o aviso inicial, Michael Olise prolongou o estado de alerta perto da baliza de Hamza Alaa, mas foi da cabeça de Loic Badé - acertou no ferro - que a melhor situação da etapa chegou. Contudo, o nulo era a realidade ao intervalo.

Inofensivo nos 45' iniciais, o Egito manteve-se organizado e, pouco depois da hora de jogo, chegou à vantagem. Mahmoud Saber procurou a felicidade na área contrária - ganhou alguns ressaltos - e adiantou a seleção africana ao fuzilar as redes de Guillaume Restes.

Bater no ferro para sonhar com o ouro

Apanhada de surpresa a França não tardou a reagir, mas os ferros foram inimigos da ambição, sobretudo depois de Lacazzette e novamente Badé, na mesma jogada, demonstrarem demasiada mira. Algo que não impediu os pupilos de Thierry Henry de proceder à reviravolta.

Jean-Philippe Mateta deixou tudo igual na cara do guardião egípcio ao aproveitar um grande passe de Olise, mas as decisões fizeram-se no prolongamento, já depois do juiz da partida ter negado um possível penálti por mão na boa de Omar Fayed.

Na meia hora-extra, o central egípcio viria mesmo a ser expulso em virtude do segundo amarelo que lhe foi exibido e a França não perdoou. Novamente letal no duelo pessoal com Hamza Alaa, Mateta deu a volta ao marcador, com o resultado final a chegar aos 108', altura em que Olise rubricou o 3-1 final.