A vitória de hoje em Misano voltou a servir para Jorge Martín aumentar ligeiramente a vantagem sobre Pecc Bagnaia no campeonato mas isso é algo que não está na mente, para já do piloto da Pramac, que recordou a longa corrida que terá pela frente este domingo. Martín deixou ainda uma palavra de parabéns a Franco Morbidelli e revelou que sozinho consegue dar conta do recado e que do colega de equipa só precisa… que este não o mande ao chão caso batalhem em pista.

Em conversa com a imprensa o espanhol explicou que não pensa para já na vantagem pontual que tem sobre Bagnaia: ‘Isso não me interessa neste momento. O importante é dar os meus 100%. Hoje consegui a vitória. Amanhã vou dar o meu melhor e veremos se o consigo fazer novamente. Vai ser muito difícil. Especialmente o início será muito difícil. Depois vejo-me com opções, penso que tenho um grande ritmo e será uma corrida muito longa’.

E rejeitou qualquer pressão que possa haver sobre isso: ‘No final, estou muito contente porque ganhei. Foram vários segundos consecutivos. Se tivesse sido segundo, teria ficado igualmente feliz, mas parecia que estava a recuperar, mas voltei a atacar e consegui essa diferença, por isso estou muito contente e amanhã vai ser muito mais difícil. Tenho de estar preparado, estou contente, mas estou igualmente concentrado no dia de amanhã. Vou tentar preparar-me muito para as primeiras curvas, porque vão ser cruciais para o desenrolar da corrida’.

Martín mostrou-se ainda feliz pelo ressurgimento do colega de equipa, Franco Morbidelli, que foi terceiro, e pela equipa: ‘Penso que depois do ano passado, fomos campeões do mundo como equipa e eu fui vice-campeão e este ano ainda estamos na luta. Isso mostra que não falta nada à equipa, é uma grande equipa, e estou feliz pelo Franky também, porque depois de tanto tempo, não sei exatamente quanto tempo, mas ele não subia a um pódio há muito tempo, por isso estou feliz por ele’.

No entanto deixou uma mensagem ao #21, a quem fez em parte um «pedido»:

– Não preciso de ajuda. No final, a única coisa que precisamos, especialmente do nosso colega de equipa, do resto que não podemos controlar, mas do nosso colega de equipa é que, em caso de luta, ele não nos atire para o chão. É tudo o que peço a partir daqui. Espero que corra bem, espero que ele possa lutar pela vitória, mas pelo menos que não tenhamos qualquer contacto.