Que corrida monumental aquela que Jorge Martín acaba de fazer na Indonésia, com o piloto da Pramac Racing a responder da melhor forma à queda sofrida ontem na Sprint, e a vencer, liderando do início ao final. Pedro Acosta teve um segundo brilhante lugar estava a ser investigado por uma potencial errada pressão dos pneus, e Pecco Bagnaia, depois de muitas dificuldades foi terceiro… mas podia receber um «bónus».

O arranque correu de feição a Martín, com Enea Bastianini desde logo a chegar à segunda posição, Pedro Acosta estava em terceiro, Pecco Bagnaia era quarto, e Marco Bezzecchi fechou o top cinco.

A primeira volta ficou desde logo marcada por uma queda que envolveu quatro pilotos: Jack Miller, Aleix Espargaró, Álex Márquez e Luca Marini. O australiano pareceu ficar com a dianteira da sua moto bloqueada, levando a consequência enormes para muitos pilotos.

Miller viu a frente da sua moto bloquear, por dentro ao mudar de direção, levando assim consigo os restantes pilotos:

Logo depois, a notar a ultrapassagem de Franco Morbidelli a Pecco Bagnaia, arredando assim o campeão do mundo até à sexta posição, à frente de Marc Márquez.

Martín estava a tentar escapar desde logo e no espaço de duas voltas tinha já uma vantagem sobre a concorrência, com o seu mais direto perseguidor a ser agora Acosta, após o rookie bater Bastianin. É importante lembrar contudo as palavras do #23 que havia, anteriormente, referido para o tempo que o pneu médio precisava até «entrar no ritmo».

Bagnaia entretanto voltou à sexta posição, numa fase em que Martín levava já 1.5s sobre Acosta, e Morbidelli logo depois continuou a subir, e batia agora Bastianini, passando assim ao top três. Fabio Di Giannantonio, não demorou muito a fazer-se notar, e no espaço de três curvas bateu Marc Márquez e Bagnaia mas não tardou a que a futura dupla da Ducati Lenovo de 2025 respondesse e relegasse o italiano para o oitavo lugar novamente.

DiGia voltou ao ataque e ultrapassou uma vez mais M.Márquez mas viu o azar bater-lhe à porta na curva 10, ao perder o controlo da sua Desmosedici e assim a abandonar.

De volta à frente da corrida, Martín, com 17 voltas por correr via a sua vantagem cair e esta estava agora na casa dos 8 décimos para Acosta. Mais atrás Bagnaia estava a começar a melhorar as suas voltas, e M. Márquez encostava a sua moto com esta, literalmente a arder por baixo de si sem que ele se estivesse a aperceber, apenas segundos depois e já no fim de estar parado.

Seguiu-se a queda para Joan Mir e a Repsol Honda Team ficava assim sem pilotos na corrida, mas a fabricante continuava representada pela dupla da LCR, com Johann Zarco em nono e Taka Nakagami em 12.º.

É importante referir que, nesta fase da corrida e com apenas 14 pilotos em pista, todos iriam pontuar, mas eram sete já os pilotos que estavam de fora, sem contar com Miguel Oliveira, que teve uma lesão logo na sexta feira e estava assim fora do GP, e provavelmente, numa paragem que se estenderá por mais GPs, dados esses que carecem de informação oficial.

A 12 voltas do final a luta pelo terceiro lugar estava bem viva, com Bastianini a bater Morbidelli, mas o piloto da Pramac Racing respondeu e recuperou a posição. Bezzecchi, à frente de Bagnaia, era o primeiro a assistir a este duelo.

Assim estava ordenada a corrida, para já: Martín, Acosta, Morbidelli, Bastianini, Bezzecchi, Bagnaia, Maverick Viñales, Brad Binder, Zarco, Fabio Quartararo, Raúl Fernández, Nakagami, Augusto Fernández e Álex Rins.

Martín mantinha-se como líder da corrida mas a vantagem, volta a volta, ia caindo e estava agora cifrada em 0.588s para Acosta, enquanto Bastianini já era terceiro depois de concluir, com sucesso, a ultrapassagem a Morbidelli.

Bastianini estava em crescendo e havia ainda tempo para sonhar com a vitória, enquanto Bezzecchi estava no meio de Morbidelli e Bagnaia.

No primeiro setor do circuito, e a sete voltas do final, logo após fazer a volta mais rápida do circuito, desastre para a Ducati, com Bastianini a cair de forma inesperada! Martín, parecia também ele entretanto «acordar» um pouco e começou a ganhar tempo a Acosta uma vez mais, com a diferença a estar agora em 1.6s.

Em crescendo e a mostrar isso mesmo estava Bagnaia que, volta a volta foi trilhando o seu caminho e chegava aos lugares do pódio, mas só um desastre poderia evitar que Martín fosse vencer. Eram praticamente 2s de vantagem sobre Acosta (+1.997s), e «bastava» controlar.

E assim foi, até ao final Martín segurou a vitória e Acosta foi segundo, com Bagnaia em terceiro mas poderiam haver mudanças, uma vez que Acosta estava a ser investigado por ter potencialmente a pressão errada dos pneus.

Source:MotoGP