O FC Porto deslocou-se a Guimarães, de onde saiu vitorioso, após derrotar o Vitória SC por 3-0, com um bis de Samu Omorodion.

Para além de Samu, avançado contratado pelos azuis e brancos ao Atlético de Madrid no último mercado de Verão, o destaque da partida vai para os dois laterais portistas. João Mário e Francisco Moura estiveram nas jogadas dos três golos dos dragões, o primeiro serviu o avançado espanhol para inaugurar o marcador, e o segundo serviu primeiro Samu e depois Pepê para fechar o resultado.

Os dois laterais foram, sem sombra de dúvidas, dos jogadores que mais se destacaram durante toda a partida. A nível defensivo não deram hipótese aos extremos do Vitória SC. A atacar, seja encostado à lateral ou a jogar pelo meio, tanto João Mário como Francisco Moura, desenharam boa parte dos ataques portistas.

Mas, como podem dois laterais ser tão influentes no processo ofensivo de uma equipa?

Vítor Bruno, treinador do FC Porto, optou por colocar um médio a cair na ala. Dessa forma, permitia arrastar consigo um marcador direto e libertar espaço no meio para que os laterais pudessem vir buscar bola e aproveitar a sua capacidade ofensiva, para progredir no terreno. Assim, surgiram vários lances que originaram jogadas de ataque azuis e brancas, uma das quais resultou no segundo golo de Samu Omorodion, depois de um passe a rasgar de Francisco Moura. Uma movimentação tática simples, mas pouco utilizada pela maior parte das equipas em Portugal.

Os dragões têm vindo a utilizar este sistema, onde os laterais jogam mais por dentro do terreno, com trocas sucessivas com os médios, o que dificulta as marcações adversárias, e seja mais complicado acompanhar os atletas do FC Porto, no processo ofensivo. Tem dado frutos e os dragões tornam-se cada vez mais letais no setor ofensivo.