Apesar da derrota (0-2) no segundo encontro particular com a Espanha (Portugal venceu o primeiro por 3-1), Luís Conceição, selecionador nacional da equipa feminina de futsal, mostrou-se satisfeito com o estágio das suas jogadoras, que preparam a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo da modalidade.

"Não se pode oferecer nada com estas seleções. Oferecemos dois golos e, quando assim é, estamos sempre mais perto de perder. Já sabia que a Espanha vinha com tudo, depois de três jogos a perder connosco, mas não vamos ganhar sempre. Estamos a ganhar mais vezes, mas vamos continuar a perder também. São dores de crescimento. O problema é que não nos podemos desviar e desligar do jogo, nem com árbitros nem com adversários", começou por dizer o selecionador, em declarações no final da partida.

Estágio positivo

"Estes estágios são diferentes e foi muito positivo. A semana toda a trabalhar, com dois jogos, dá para trabalharmos em condições, sem pressas. Foi muito importante e saio muito satisfeito. É para as jogadoras crescerem e é bom ver tanta juventude já com muitas internacionalizações, mas com uma grande margem de crescimento. É com adversários deste tipo que vamos crescer", acrescentou.

Já Ana Azevedo, internacional portuguesa que esteve entre as eleitas para a dupla jornada com a Espanha, lamentou a falta de eficácia da equipa na partida deste sábado.

"Acima de tudo, falhámos na finalização. Tivemos várias oportunidades. Sabíamos que a Espanha ia querer ganhar este jogo, tentámos contrariar isso. O começo de jogo não foi o nosso melhor, mas acho que depois contrariámos e tivemos muitas oportunidades para marcar. Numa infelicidade de uma bola parada, a bola entrou e isso tornou tudo mais difícil. Acima de tudo, sabemos aquilo que estamos a preparar e não é este jogo que vai fazer com que a equipa abane. Estamos a preparar-nos para algo maior e cada jogo é uma aprendizagem", disse a jogadora.

O favoritismo natural de Portugal

"Esta equipa tem de lutar por tudo onde entra, Portugal é sempre favorito. Se vamos ganhar ou não, isso é outro assunto, mas se tivermos a nossa competitividade no máximo, e trabalharmos afincadamente para estarmos no nosso melhor, tenho a certeza de que esta equipa está mais perto de ganhar títulos. Se colocarmos em campo tudo aquilo que treinamos, assim como psicologicamente, tenho a certeza de que estamos mais perto de fazer coisas bonitas por Portugal."