O mau momento do Manchester City agrava-se, com a quarta derrota consecutiva. Um início bom não teve continuidade e a passividade dos citizens foi castigada pelo Brighton, que venceu 2-1.

Viu-se, no primeiro tempo, algo que há muito não se via: Erling Haaland. Sim, é certo que, nos últimos dois jogos, entrou em campo, mas não era o mesmo panzer a que tinha habituado quem via os seus jogos. No sul de Inglaterra, apareceu novamente, com insistência, força no choque e muita velocidade. Todos estes foram importantes para que o City se colocasse em vantagem: Foden soltou o norueguês, que correu, aguentou a pressão, rematou uma vez para defesa de Verbruggen e depois encostou na recarga. À meia hora de jogo, o Brighton cresceu e deixou um aviso para o que seria o segundo tempo.

Baleba entrou para o lugar de Ayari e fez toda a diferença: foi, ao longo do segundo tempo, dominante no meio-campo. Do lado direito, começava a surgir Adingra pela direita e, pelo outro lado, Mitoma fez o que já tinha feito na primeira parte: o que queria de Walker. O defesa inglês até pode ter regressado recentemente de lesão, mas tal não justificará a quantidade de vezes que foi ultrapassado pelo lado direito da defesa dos skyblues. Ao minuto 53, Hinshelwood cabeceou para grande defesa de Ederson e fez o que ainda não tinha sido feito pelos jogadores do Brighton: um remate à baliza.

Fabian Hurzeler não colocou em campo apenas Carlos Baleba. João Pedro e Matt O'Reiley foram para dentro de campo depois dos 10 minutos em que o Manchester City até podia ter dobrado a vantagem - não fosse um enorme corte de Igor Júlio - e foram apostas 100% acertadas. O brasileiro aproveitou uma confusão na área após cruzamento (do lado de Walker...) para empatar aos 78' e, cinco minutos depois, assistiu para O'Reilly bater Ederson. Reviravolta feita, justiça colocada no resultado e o Manchester City, ainda sem criatividade, tinha, agora, um outro problema: o resultado também não era bom.

Assim terminou a partida, sem um único remate enquadrado do Manchester City no segundo tempo. Defesa desinspirada, Haaland quase nada solicitado, meio-campo dominado. Tottenham, Bournemouth, Sporting e Brighton. Pela primeira vez na era Guardiola, o tetracampeão inglês perde quatro jogos seguidos.