O Manchester United registou perdas líquidas no valor de 133,7 milhões de euros (ME) na época 2023/24, a quinta vez consecutiva, apesar das receitas recordes, anunciou esta quarta-feira o clube inglês.

No exercício financeiro encerrado em 30 de junho, o emblema inglês registou uma faturação recorde de 782,3 ME, um aumento de 2,1% face ao ano anterior, graças às receitas comerciais e de jogos.

Os 'red devils', no qual atuam os lusos Diogo Dalot e Bruno Fernandes, tiveram despesas de 56,5 ME com "itens extraordinários", sobretudo ligados à compra de ações minoritárias pelo seu coproprietário Jim Ratcliffe, também dono dos franceses do Nice, finalizada em fevereiro.

As Regras de Lucro e Sustentabilidade (PSR) da Premier League permitem perdas máximas de 124 ME durante um período de três anos, sendo que, certas perdas, como despesas ligadas a infraestruturas, equipas femininas e juvenis, são consideradas "a receber".

"Foi uma temporada movimentada para o clube com a construção de campos de treino para as nossas equipas masculinas e femininas. Fortalecemos a nossa primeira equipa masculina com cinco jogadores empolgantes e colocamos uma nova estrutura de liderança de futebol em prática para fornecer um suporte maior ao nosso treinador Erik ten Hag", explicou o diretor executivo Omar Berrada, citado pelo clube.

Nos últimos meses, o United deu início a uma grande reorganização interna, empossando o marroquino Omar Berrada como diretor executivo, após oito anos como diretor de operações de futebol do rival Manchester City.

"Ao embarcar neste meu novo papel como diretor executivo deste clube histórico, estamos todos extremamente concentrados em trabalhar coletivamente para criar um futuro brilhante, com o sucesso no futebol no centro disso. Estamos a trabalhar para uma maior sustentabilidade financeira e a fazer mudanças nas nossas operações para torná-las mais eficientes, de forma a garantir que estamos a direcionar os nossos recursos para melhorar o desempenho em campo", concluiu.


Com LUSA