A receção ao P. Ferreira terminou com o regresso às derrotas para a UD Oliveirense. Na sala de conferência de imprensa o ténico Marco Leite começou por analisar a 1.ª parte da partida. "Não concordo que tenha sido menos conseguida. Do ponto de vista defensivo fomos um bocado mais macios do que aquilo que deveríamos ter sido. Sofremos dois golos que toda a gente pode ver como foram e que não poderíamos ter sofrido. Acho que a 1.ª parte resume-se aos dois golos do P. Ferreira e pouco mais".

De seguida o treinador falou sobre o lance inicial que poderia ter mudado o desenrolar da partida. "Eventualmente, se tivéssemos feito o golo pelo Tiago [Veiga] logo aos dois minutos, as coisas teriam mudado de figura. Adivinhando-se que o P. Ferreira vinha aqui, com certeza, para ganhar o jogo, mas, dada até mesmo a situação em que se encontrava, um ponto abaixo de nós e que assim se deveriam ter mantido, não conseguimos fazer. Poderiam sofrer o primeiro golo da UD Oliveirense e as coisas mudariam de figura. Não aconteceu, o Tiago [Veiga] falhou o golo, mérito do guarda-redes e eles fazem o primeiro golo que, na nossa opinião, não podemos sofrer daquela natureza".

Marco Leite reforçou então a ideia da macieza na abordagem ao lance que dá origem ao primeiro golo dos castores e contestou a legalidade do segundo. "Uma bola parada, sim senhora, mas da forma como foi não podemos sofrer. Foi uma falta de foco da nossa parte e temos de viver com ela e corrigir. O segundo golo nasce de uma falta clara sobre o Klebinho na linha lateral. Há uma variação do centro do jogo, há o cruzamento e é o Klebinho que vai disputar a bola dentro da área com o jogador que faz o golo. Resume-se assim a 1.ª parte".

"Na 2.ª parte, de facto, entramos com outros elementos em campo, com aqueles que nos pareciam dar mais garantias para atacar determinado tipo de situações que pretendíamos e que identificamos e tomamos conta do jogo. O P. Ferreira fez o serviço que tinha de fazer, que era aguentar-se e não sofrer golos, fê-lo da maneira como pôde, a ganhar tempo. O seu guarda-redes, na minha opinião, tardiamente leva o cartão amarelo, já o devia ter levado muito antes porque começou desde o primeiro minuto a perder tempo na reposição de bola em jogo. E nada disto justifica a nossa derrota, o P. Ferreira fez aquilo que tinha de fazer para ganhar e parabéns ao P. Ferreira. Nós temos de continuar a lutar e a querer mais do que o que temos feito até agora", terminou desta forma a sua análise ao encontro.

Em relação à indignação dos adeptos para consigo, o técnico não ficou satisfeito. "Não quero deixar nenhuma palavra [aos adeptos]. Em relação ao que os adeptos dizem, as palavras ficam para os adeptos, com certeza. Os adeptos estão indignados, mas não querem ganhar mais do que eu. Quero tanto ou mais ganhar do que os adeptos e os jogadores também querem tanto ou mais ganhar do que os adeptos. Já sabemos que no meio disto tudo os treinadores são os visados e recebem estes impropérios que, na minha opinião, não deviam receber. Nem os treinadores nem os jogadores porque, com certeza, não andam aqui a brincar nem querem perder o jogo, querem ganhar. E são sérios durante a semana no trabalho que fazem. Portanto, não vou fazer comentários em relação a isso. Isso fica para quem os diz, o meu trabalho é treinar e o deles será estarem aqui no fim de semana a realizar este tipo de cenas que fizeram agora e que, na minha opinião, eu não faria. E também sou adepto de futebol".