Apesar da chuva que marcou o dia da abertura, os Jogos Olímpicos de Paris têm sido de (muito) calor. E as instalações da Vila Olímpica, onde a maioria dos atletas residem durante a competição, não refrescam ninguém. Thomas Ceccon, que venceu duas medalhas de ouro em França, preferiu dormir na rua.

Um vídeo publicado pelo remador saudita Husein Alireza já se tornou viral nas redes sociais: o nadador italiano, ouro nos 100 metros costas e bronze nos 4x100m livres, aparece a descansar numa toalha estendida num jardim próximo à Aldeia Olímpica.

“Está muito calor e a comida é má. Para os atletas, o descanso e a concentração são fundamentais, sobretudo quando estás numa competição destas. Na Aldeia Olímpica não temos ar condicionado e muitos atletas estão a procurar outros sítios para repousar. Não quero que isto sirva de desculpa, mas não podemos esconder. Normalmente, quando estou em casa, durmo sempre à tarde, mas aqui tenho dificuldade em lidar com o calor e o barulho", disse Thomas Ceccon depois das estafetas mistas de 4x100 livres.

“Não podem tratar os atletas desta forma”

Gregorio Paltrinieri, colega de Ceccon na seleção italiana, afirmou que não consegue dormir “antes das três da madrugada por causa do calor”.

“Já estive em quatro Jogos Olímpicos e esta é, sem dúvida, a pior organização de todas. Não podem tratar os atletas desta forma, nós somos os protagonistas e devemos ser protegidos”.

Também o nadador português Diogo Ribeiro, atual campeão mundial nos 50 metros e nos 100 metros mariposa, criticou a competição, afirmando que, na próxima, vai ponderar ficar num hotel.

Carlos Alcaraz, o jovem fenómeno do ténis que foi medalha de prata em Paris, e Rayssa Leal, a skater de 16 anos que se tornou na mais nova medalhada em dois Jogos Olímpicos, também deixaram críticas ao torneio.

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