Numa prova que foi, como se esperava, dominada pelos atletas africanos, Bruno Lourenço foi o melhor português, ao terminar os 42 quilómetros da EDP Maratona de Lisboa na 11.ª posição, com um tempo final de 2:26:44.

"Tentei gerir a minha prova pela elite feminina e não me preocupei muito com o lugar em que ficava, até porque não sabia qual era a elite portuguesa. Vinha com duas horas e meia de recorde pessoal (2:31:19) e consegui bater o meu tempo por quatro minutos. Tentei mais ou menos proteger-me, gerir pela elite feminina e depois, na parte final, ver o que é que conseguia fazer. Tentei não me envolver muito na prova até aos 30 quilómetros e, a partir daí, era gerir em função da energia que tivesse. Vim com a elite até aos 40 quilómetros e, nos últimos dois, consegui fazer a diferença e ser o melhor português", explicou o atleta de 35 anos, que assume ser capaz de melhor.

"Acredito que consigo correr um bocadinho melhor. Efetivamente, tivemos muito vento lateral e bastante humidade, não estava calor como tem sido habitual. Acredito que consigo recortar ainda um ou dois minutos a este tempo", acrescentou.

Já Laura Grilo, a melhor portuguesa na maratona, com o 8.º posto (2:57:04), assume gostar muito desta prova e, por isso, voltou a estar presente. "O objetivo era mesmo este, se desse. Este ano deu outra vez, é a terceira vez que cá venho. É a minha terra e sempre que posso venho cá, gosto muito desta prova. Estava vento e não era bem para tempos, era mesmo para ver como estava a máquina e foi deixar fluir. Foi devagarinho, de trás para a frente, é assim que se deve fazer numa maratona".

A fechar, a atleta que compete com as cores da Marinha enalteceu a bem visível maior adesão popular, mas lamentou a falta de apoio. "Achei que tinha mais participantes este ano. Era muita gente, só que não sei se era do tempo, mesmo as bandas, estava tudo muito murchinho. Nunca me senti sozinha a correr, mas, em termos de público, só mesmo aqui no final é que houve aquele ‘boost’, o que é bom".