A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) lançou um projeto, a implementar já na presente época, intitulado ‘Minibasquete 3×3 nas Escolas’. A iniciativa vai abranger alunos do 3º e 4º ano de escolaridade, de forma a dar a conhecer às crianças o basquetebol logo a partir do ensino primário. E, a médio prazo, aumentar a base de recrutamento para a formação.

"O grande objetivo é que crianças dos 8 aos 10 anos tomem contacto pela primeira vez com o minibasquetebol e, como é óbvio, que algumas delas possam escolher depois a modalidade. Porquê estas idades? Nunca tínhamos entrado no ensino básico, portanto era um desafio", disse a Record Nuno Manaia, diretor técnico nacional da FPB.

O modelo de funcionamento estará fortemente assente na ação dos clubes que, apoiados pela federação com material e ‘know-how’, estabelecerão contactos com escolas das suas regiões, até porque serão esses emblemas que "diretamente poderão beneficiar, no curto ou médio prazo, dos futuros novos atletas no minibasquetebol", lembra o dirigente, que pretende que o projeto consiga, a dado momento, chegar a todo o país. As candidaturas estão abertas até dia 15 e houve logo grande "aceitação". "Estipulámos 60 candidaturas para este ano e acredito que vamos lá chegar com facilidade", vincou Manaia.

Treino por semana e dois mini-torneios
Apontando a um total de 1.200 alunos que poderão aproveitar esta iniciativa em 2024/25, Nuno Manaia explica como serão as atividades, ao mesmo tempo que recorda que há clubes que já têm parcerias com escolas. "Haverá uma aula por semana, pelo menos. E depois dois mini-torneios, a fechar o segundo e terceiro períodos. O do segundo período será, certamente, dentro da própria escola, ao passo que o do terceiro período poderá, em algumas situações, sair fora da escola, mas sempre dentro do concelho", esclareceu o diretor técnico nacional da FPB a Record. O arranque destas atividades apresentadas neste projeto está previsto para o mês de janeiro de 2025.

Praticantes em crescimento
Ainda antes da entrada em vigor deste projeto, a verdade é que o número de praticantes de basquetebol tem vindo a subir desde a pandemia, contra as expectativas. "Nos últimos três anos temos batido sucessivamente o recorde de praticantes até aos sub-18. Nos seniores também, mas onde subiu mais foi nos escalões de formação", conta-nos Nuno Manaia. "Achamos que o fenómeno Neemias é muito importante, mas há outros fatores. A promoção da modalidade, nomeadamente nas redes sociais, ou a possibilidade de hoje em dia podermos assistir regularmente a basquetebol na televisão, em canal aberto, são outras das grandes melhorias que conseguimos nestes últimos anos", acrescentou.