Continua a (longa) agonia do Farense no campeonato, com seis derrotas em igual número de jornadas, colocando os algarvios em situação complicada. O Arouca voltou a vencer – só tinha um êxito à 3.ª jornada, frente ao Nacional – e deu um pulo na classificação.

A qualidade do jogo refletiu o (mau) momento dos dois clubes, poucas foram as situações de verdadeiro perigo para as duas balizas. O Arouca sorriu no final, porque soube aproveitar uma delas nascida num contra-ataque rápido, com Trezza a finalizar com um tiro rasteiro na área, perto do intervalo. Um bónus que os lobos souberam segurar com determinação até final do encontro.

Até aí, ao descanso, os algarvios tentaram ter mais iniciativa, mas sem encontrar o caminho da baliza arouquense e os seus adeptos só se agitaram num erro de Mantl, que ao tentar aliviar a bola colocou-a nos pés de Rafael Barbosa, com o remate a ser intercetado por Fukui. Se o Farense não criou perigo, Ricardo Velho também estava a ter um período descansado… até à arrancada de Yalçin para servir Trezza no golo. Uma eficácia extrema dos lobos, que acabou por se revelar decisiva.

A perder, José Mota injetou mais elementos de características ofensivas, primeiro com a entrada de Millán – retirando Marco Moreno e desfazendo o 3x4x3 – e depois quando lançou Bermejo e Paulo Víctor, alterando o corredor esquerdo, alteração com ganho de velocidade e dinamismo.

O aperto final foi impulsivo, porém o Arouca tapou com eficácia os caminhos para a sua baliza e faltou espaço para os algarvios finalizarem na área. No entanto, o empate esteve à vista num tiro de Merghem do meio da rua, que levou a bola a embater com estrondo na barra, com Mantl sem capacidade de reação.

O gelo que o Arouca colocou no jogo até ao último apito de Luís Godinho surtiu efeito e foi sob assobios, lenços brancos e cânticos de insatisfação, que José Mota e os jogadores do Farense recolheram aos balneários.