Uns excelentes 15 minutos finais permitiram, esta segunda-feira, a Portugal golear a Colômbia, por 5-0, no arranque  do Grupo A do Mundial feminino de Novara-2025 em hóquei em patins.

Apesar de ter mais posse de bola e rondar sempre a baliza adversária, a Seleção apenas conseguiu inaugurar o marcador a 3m do fim da primeira parte, por Inês Severino, e teve de esperar pela segunda para confirmar o triunfo frente àquela que é, em teoria, a mais frágil equipa do grupo, no qual está ainda a França e a campeã Argentina.

Severino podia ter aumentado a vantagem logo no recomeço, mas acabou por desperdiçar um livre direto, a punir uma falta mais dura de Juliana Vieira, que viu o cartão azul.

À entrada para os 15m finais, a jovem formação lusa – tem cinco jogadoras com 18 anos ou menos – acabou por dilatar a vantagem, por Leonor Coelho (35’).

Joana Teixeira (40’) e Raquel Santos (42’) praticamente confirmaram o triunfo contra um adversário visivelmente mais desgastado e que elevou a agressividade e a fazer mais faltas.

A mais jovem hoquista nacional, Ana Patrícia Fernandes, de apenas 16 anos, confirmou o triunfo, aos 46m, numa execução primorosa de um livre direto, que puniu a 10.ª falta da Colômbia.

Até final, Portugal dispôs de muitas oportunidades para aumentar a vantagem, mas não foi feliz na finalização.

Terceira classificada no último Mundial, o conjunto luso defronta a França terça-feira, que ainda hoje irá jogar contra as campeãs do mundo argentinas.

TÊM A PALAVRA

Hélder Antunes, selecionador de Portugal: «Foi uma vitória difícil. Os números não expressam a dificuldade que tivemos, o segredo esteve na paciência. A equipa foi paciente, não se enervou e estávamos avisados de antemão para a qualidade desta Colômbia».

Conseguimos fazer a nossa gestão, imprimir o nosso ritmo de jogo e ser pacientes até aparecer o primeiro golo, para tentar desbloquear depois a defesa da Colômbia.

Estou muito orgulhoso e satisfeito com a postura e maturidade que estas jogadoras mostraram hoje em campo.

A Colômbia tem uma equipa que está a crescer e tentámos de tudo, mas não conseguimos marcar logo no primeiro segundo. Não é possível, souberam esperar pelos momentos importantes e não abandonaram os processos que temos trabalhado.

Agora vem a pressão do segundo jogo e é essa pressão que nos alimenta. Nós próprios queríamos colocar estas fasquias em nós.

Já tive a oportunidade de dizer às jogadoras que amanhã [terça-feira] quero ver mais do que vi hoje. Temos de dar algo acima do máximo, ultrapassar os nossos limites, porque só assim conseguimos evoluir».

Ana Catarina, jogadora de Portugal: «Sabemos que o primeiro jogo é sempre muito difícil. É o primeiro no Mundial e tínhamos caras novas que por natureza já iam estar nervosas. Foi um bom jogo e saímos com os três pontos, que era o que queríamos.

A Colômbia é uma equipa que defende muito fechada, tem uma boa guarda-redes e sabíamos que ia demorar até entrar o primeiro golo. Quando marcássemos o primeiro golo iria ser mais fácil. Foi o que aconteceu».