Rafael Nadal foi protagonista, esta segunda-feira, na conferência de imprensa de lançamento da Taça Davis, após a qual o tenista de 38 anos vai retirar-se dos courts. Na companhia dos compatriotas Carlos Alcaraz, David Ferrer, Roberto Bautista, Marcel Granollers e Pedro Martínez, Rafa garantiu que, de momento, o seu adeus não é o principal foco.
«Sinto-me bem, penso nisto há muito tempo. Tentei dar-me uma oportunidade e decidi isto com o tempo. Estou a desfrutar desta semana, não ponho muita atenção na questão da retirada. Será uma grande mudança na minha vida depois desta semana. Estou muito emocionado e feliz de estar aqui. No court espero controlar as minhas emoções. Não estou aqui para me retirar, estou aqui para ajudar a equipa a ganhar. É a minha última semana numa competição de equipas e as emoções chegarão no final. Antes e depois, estarei centrado no que tenho de fazer», referiu.
Não há finais felizes, só acontecem nos filme norte-americanos. Não é algo que me preocupa, a minha despedida vai ser o que vai ser
Quanto às expectativas para o torneio da despedida, Nadal respondeu assim: «Não há finais felizes, só acontecem nos filme norte-americanos. Não é algo que me preocupa, a minha despedida vai ser o que vai ser. O que quero é que a equipa seja competitiva e que possa ganhar a Taça Davis. A minha grande despedida seria uma alegria de ganhar com todos. Não sei se jogarei algum jogo, joguei muito pouco nos últimos tempos. Também não sei se o [Roger] Federer virá, ele vai tentar, mas tem uma agenda muito apertada.»
O antigo número 1 do Mundo voltou a referir-se ao peso que a sua última lesão teve para decidir dizer adeus: «Sou uma pessoa bastante sensível, mas creio que sempre fui capaz de relativizar as coisas. Acredito que a vida segue e todos os jogadores passam por este processo da sua retirada.»
«Sou mais um que vai fazer esta mudança e agora vou desfrutar do desporto de outra forma. Não acabei farto do ténis como outras pessoas. Se pudesse, continuaria a jogar, mas não tenho o nível para treinar de forma que me compense ao nível individual. Tendo consultado todas as pessoas que querem o melhor para mim, tomei a decisão de me retirar. Há um ano, disse que não queria retirar-me numa sala de imprensa, por isso é que fui operado. Disse que o normal era retirar-me em 2024 e sei que fiz tudo o que devia. Aceito-o como tal e não há nenhum tipo de drama. Fiz este último esforço que a situação requeria, tomei a decisão e no final tive de dizer: ‘É até aqui’», concluiu.