Em agosto, a Honda anunciou Somkiat Chantra como piloto de MotoGP em 2025, na sua equipa satélite LCR Honda. O tailandês está atualmente no Moto2, onde nunca impressionou verdadeiramente – pelo menos de forma consistente, tirando um ou outro brilharete esporádico.
E o comentador Neil Hodgson, tem algumas dúvidas sobre o futuro rookie, como referiu à TNT Sports citado pelo Crash.net: ‘Tenho um misto de sensações. É ótimo para o campeonato. Incrível. Todos gostamos dele, é uma personagem e uma lufada de ar fresco. Os negativos? Ele está em décimo [11.º] no campeonato, ele tem duas vitórias nos anos dele no Moto2. Em nenhum momento ao vê-lo pensei, «Ele parece um piloto de MotoGP, ele tem a habilidade para ser piloto de MotoGP»’.
O especialista não se recorda de um piloto ir do Moto2 para o MotoGP com resultados tão medianos: ‘O Luca Marini não era incrível, mas era muito melhor do que o Chantra. O meu receio é que ele se junte ao MotoGP com o pior construtor e o pior registo a entrar. Ele está a ser preparado para falhar. Se 21 pilotos cabem em um segundo, e ele está um segundo atrás deles… podia estar. Isso não é bom para ninguém’.
Atualmente com 25 anos de idade, Chantra estreou-se no Moto2 em 2019, não tendo competido a tempo inteiro no Moto3 antes disso. Na classe intermédia registou duas vitórias até agora, e outros três pódios. No ano passado fez a sua melhor temporada até agora, somando 173,5 pontos que lhe valeram o sexto lugar no campeonato.
Como contraponto, pode usar-se o exemplo de Fabio Quartararo, que na sua melhor época de Moto2 conseguiu apenas um décimo lugar no Mundial e uma vitória – depois de não ter impressionado no Moto3. Porém, o francês vinha com um currículo e provas dadas no FIM CEV Moto3, onde foi campeão em 2014 com nove vitórias e dois segundos lugares em 11 corridas. Algo que Chantra esteve muito longe de conseguir quer nessa categoria, quer na Asia Talent Cup, antes de chegar aos Mundiais.