O Sporting venceu esta terça-feira o Manchester City por 4-1 na jornada 4 da Champions League. Último jogo de Rúben Amorim.
Rúben Amorim – o treinador dos leões era o natural destaque da partida, marcada pela sua despedida de Alvalade. O jogo deu-lhe ainda mais destaque: o Sporting soube manter vivas algumas das suas características, sobretudo os movimentos de Gyokeres e Pote e as dinâmicas dos seus alas, mas soube jogar longo quando teve de ser. Amorim é muito isto: flexível dentro da rigidez das suas ideias. Não há muitos assim. Ah, e a entrada na segunda parte qual equipa vinda de um time-out épico foi de mestre.
Viktor Gyokeres – foi o farol da profundidade leonina, explorando o (muito) espaço entre a linha defensiva subida do Manchester City e a baliza de Ederson. Fez um hat-trick ao tetracampeão inglês (porque, enfim, é terça e tal) mais do que uma vez e até podia ter feito mais do que as fez. Velocidade, potência, finalização: foi um Gyokeres à Gyokeres, mesmo perante o City de Guardiola. Ainda sobejam dúvidas?
Pedro Gonçalves – as saudades que os sportinguistas vão guardar de Amorim talvez não façam sombra às saudades que Amorim vai levar consigo de Pedro Gonçalves. Cada vez mais se percebe melhor a paixão desmedida e desenclausurada que Amorim nutre pelo médio/extremo/avançado/técnico de informática (calculo, não confirmei) português. Hoje, rubricou mais uma exibição luxuosa.
Quenda – deu largura à equipa, tendo sido muito procurado nas variações do centro de jogo. Fez a assistência para o primeiro golo ao encontrar a corrida de Gyokeres. E fê-la a partir de uma posição mais “acanhada” do terreno, onde passou mais tempo do que o habitual, estrategicamente. Fez um bom jogo com e sem bola, à semelhança de Maxi Araújo, do lado contrário.
Haaland – foi o cúmulo da falta de produtividade ofensiva dos citizens. Nem tudo foi culpa do norueguês. O jogo pelo corredor central do Manchester City desapareceu aos 15 minutos de jogo, com o Sporting a fechar muito bem o espaço entrelinhas (nota de mérito para Hjulmand e Morita), e quando a bola chegava aos corredores laterais dos ingleses, Savinho e Matheus Nunes nada mais faziam do que rematar sem grande causalidade. Assim, era difícil Haaland fazer melhor, mas num jogo como o de hoje não podia desperdiçar as poucas oportunidades que teve, incluindo uma grande penalidade.