Esta manhã de segunda-feira ficou marcada pelos relatos da atribulada viagem da seleção nigeriana para a Líbia (o seu próximo adversário na qualificação para o CAN 2025), onde ficaram várias horas retidos no mesmo aeroporto e, sublinhe-se, sem acesso «a comida ou bebida». Victor Osimhen, grande figura do país, pediu ajuda para os companheiros.
«Estou desiludido com o tratamento injusto que os meus irmãos e treinadores estão a enfrentar num aeroporto da Líbia. Ações como esta vão contra o espírito do desporto. Deixo o meu apoio à minha equipa, sei que vão manter-se fortes, apesar destes obstáculos», começou por escrever o avançado, no Instagram.
«Apelo à Confederação Africana de Futebol e outros organismos de futebol que intervenham, os meus companheiros de equipa e treinadores ainda estão retidos no aeroporto na Líbia. Isto é desumano. Mantemo-nos juntos, mais fortes do que nunca», acrescentou.
A seleção nigeriana recusou-se a disputar a partida com a Líbia, fruto desta situação, e Osimhen concorda com a decisão: «Esta estratégia da federação líbia já não é apenas um atraso, é uma tática internacional para enfraquecer e arruinar o moral dos jogadores. E começa mais a parecer uma situação de reféns. A segurança e o bem-estar dos meus companheiros de equipa e restante staff são o mais importante neste momento. O nosso capitão disse que não vamos disputar o jogo e apoio essa decisão, exceto se o encontro for deslocado para terreno neutro. Os meus irmãos e treinadores têm de regressar a casa em segurança, não somos criminosos nem prisioneiros.»
«Apenas posso imaginar como se devem sentir, passei por uma situação parecida nos meus tempos de sub-17. Isto é completamente injusto e desolador. Mais uma vez apelo à Confederação Africana de Futebol, ao governo da Nigéria e a outras entidades relevantes que intervenham e garantam o regresso deles a casa em segurança», concluiu.
O caso foi exposto por William Troost-Ekong, capitão da Nigéria.