PARIS - Abraçados até ao diploma!

Vasco Vilaça e Ricardo Batista conquistaram diplomas olímpicos nos Jogos Olímpicos. Os triatletas portugueses fizeram história no triatlo na prova masculina em Paris com Vasco Vilaça a ficar em 5.º e Ricardo Batista em 6.º.

A prova foi ganha pelo britânico Alex Yee, que partia como grande favorito, seguido de Hayden Wilde, da Nova Zelândia, e do francês Leo Bergere.

Havia uma grande expectativa para a prova de triatlo masculino já que Vasco Vilaça chegou a Paris 2024 como 6.º no ranking mundial e Ricardo Batista como 15.º e os dois portugueses acabaram mesmo por conquistar diplomas olímpicos.

No final da primeira parte da natação, Vasco Vilaça surgia a 39 segundos do primeiro classificado, o australiano Matthew Hauser, enquanto Ricardo Batista estava a um minuto.

A segunda fase do segmento foi feito contra a forte corrente do Sena e teve os dois lusos a saírem juntos da água, a cerca de um minuto da liderança, fazendo a partir de então quase toda a prova lado a lado.

Na liderança do grupo perseguidor, Vilaça e Batista recuperaram praticamente meio minuto no final da primeira volta do ciclismo, e o esforço deu resultado. Com um grande trabalho do grupo no qual seguiam os portugueses, quase sempre com ambos na frente, o espaço para os homens da frente foi fechado à entrada da quarta volta, quando se juntou um grupo de cerca de 30 atletas, que chegou à transição para a corrida.

Os dois portugueses mantiveram-se juntos no início do último setor, liderada desde cedo pelo britânico Alex Yee e o neozelandês Hayden Wilde, que no final da primeira de quatro voltas de 2,5 km tinham 14 segundos de vantagem para Ricardo Baptista, que fechava o top-10, e 24 para Vasco Vilaça, que perdera, entretanto, alguns metros para o grupo perseguidor.

A consistência dos atletas lusos, porém, permitiu-lhes entrar na última volta em lugar de diploma olímpico. E se na última passagem na meta, Ricardo Baptista e Vasco Vilaça eram 6.º e 7.º respetivamente, o segundo conseguiu apanhar o compatriota e ambos deixaram o brasileiro Miguel Hidalgo para trás, para entrarem na reta da meta em luta direta pelo quinto lugar.

Foi mais forte Vilaça que caiu após o final da prova, envolvendo-se depois num abraço com o amigo, depois de conseguirem um resultado que aumenta para quatro o número de diplomas olímpicos, atribuídos aos oito primeiros classificados, depois de Nelson Oliveira no contrarrelógio e Maria Inês Barros, que minutos antes garantira o oitavo lugar no fosso olímpico.

No final da prova, Vasco Vilaça sentiu uma indisposição, fruto das altas temperaturas e da muita humidade, e teve de ser assistido no centro médico da organização.