A venda de Luis Díaz ao Liverpool, no mercado de inverno de 2022, foi determinante para impedir o afastamento do FC Porto das competições europeias, pois permitiu pagar dívidas relativas aos "negócios ruinosos" que foram as contratações de Nakajima e Zé Luís. E a saída do colombiano obrigou os dragões a reunirem esforços, em contrarrelógio, para colmatarem a baixa da estrela cafetera no plantel.

Pinto da Costa escreveu sobre isso mesmo no livro 'Azul até ao fim', que será lançado no próximo domingo.

"O que foram os dois últimos dias de janeiro, é indescritível! Já tínhamos garantido a aquisição dum excelente jogador - o Eustaquio. Em dois dias, queríamos contratar dois jogadores: o Rúben Semedo, central há muito desejado pelo nosso treinador, e o Galeno, que joga no posto deixado pelo Luis Díaz, e é o melhor marcador da Liga Europa. Foram dois dias em que eu, o Eng. Luís Gonçalves e o Vítor Baía nos alimentámos de 'pregos' sem sair do Dragão", esclarece Pinto da Costa.

"Mas às 23h55 davam entrada os contratos dos dois magníficos jogadores! Que suspense vivemos todos os que acompanharam estas duas contratações! Os anteriormente referidos  administradores Eng. Luís Gonçalves e Vítor Baía, o Dr. Fernando Gomes, o Dr. Hugo Nunes e a Cecília [n.d.r.: da secretaria desportiva do FC Porto, que fez a inscrição dos jogadores] festejámos o O.K. da Liga como se tivéssemos marcado um golo decisivo", revelou ainda o antigo líder máximo dos dragões, para rematar depois.

"Foi o final feliz duns dias muito difíceis. Mas pelo FC Porto, até ao meu último dia, desvalorizarei qualquer incompreensão ou falta de solidariedade", concluiu.