Pinto da Costa abordou a situação difícil de tesouraria do FC Porto na época 2021/2022, que obrigou à venda do colombiano Luis Díaz em janeiro, atribuindo a Sérgio Conceição as compras «ruinosas» de Zé Luís e Nakajima.

Segundo um excerto do livro do novo antigo presidente do FC Porto, 'Azul Até ao Fim', a que A BOLA teve acesso, duas compras exigidas pelo treinador deixaram os cofres sem dinheiro e a participação em provas da UEFA em risco.

«Ficámos, a dois dias do prazo dado pela UEFA, num dilema - ou vendíamos o passe de um jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que se tal acontecesse me demitiria. (...) Essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos: a compra do José Luís e do Nakajima. Não servia de desculpa a pressão que o treinador [Sérgio Conceição] nos fez para a compra desses jogadores, porque os culpados fomos nós em ceder a essa pressão», escreve.

Surgiram propostas por vários jogadores e foi preciso ‘escolher um’: «Tínhamos então de negociar um jogador e fomos para o mercado. Recebemos propostas pelo Vitinha, pelo Fábio Vieira e pelo Taremi, que considerei lamentáveis pois eram autenticamente um aproveitamento da nossa situação.»

Acabou por ser o colombiano: «Restava o interesse de alguns clubes pelo Luis Díaz -  Liverpool, Tottenham, Newcastle, Barcelona. O que nos apresentou melhor melhores condições foi o Liverpool, e foi aquele que o jogador preferiu e aceitou. Foi uma saída de um excelente jogador mas infelizmente inevitável.»