Afonso Jesus disse que a seleção portuguesa de futsal tem de aproveitar a fase a eliminar do Mundial “com alegria” e a com uma identidade própria, nuns ‘oitavos’ diante de um Cazaquistão “de respeito”.

“Fizemos uma preparação muito boa, preparámo-nos, analisámos os jogos e fizemos uma fase de grupos exemplar, a crescer na prova. Neste momento, estamos na fase a eliminar, que é a fase em que todos queríamos estar. Portugal tem essa oportunidade e, portanto, é aproveitá-la com muita alegria e a respeitar a nossa identidade”, frisou.

Antes do primeiro treino da equipa das ‘quinas’ em Andijan, Afonso Jesus sublinhou a qualidade do adversário nos oitavos de final, que, na edição anterior, conquistada de forma inédita por Portugal, derrotaram só nas grandes penalidades, nas meias-finais.

“É uma seleção muito competitiva e que não se dá nunca por perdida. Eles têm as suas virtudes, uma seleção que joga bastante bem com o guarda-redes e têm essas rotinas muito bem definidas. Têm jogadores muito experientes, que já pisaram estes palcos e jogos muitas vezes. Nós temos de nos preocupar com o que podemos melhorar, com as coisas que temos a afinar e encarar este jogo como mais uma final”, apontou o fixo.

O jogador do Benfica, de 26 anos, colocou todo o foco no trabalho próprio, embora o grupo esteja ciente da valia do Cazaquistão, cujos jogadores já defrontaram por várias ocasiões, e sem desviar muito essa atenção para o que sucede noutras partidas, como o caso do encontro Irão-França, que se encontra sob suspeita de viciação de resultado.

“Obviamente que vemos os jogos e o que se passa, mas nós temos é de nos preocupar connosco, com os nossos jogos e desafios. Se, até então, foi assim que temos vencido, a olhar para nós, a respeitar os nossos processos e identidade e, acima de tudo, a respeitar o nosso desporto, é assim que nos devemos manter e é assim que olhamos para esta competição e para cada jogo”, considerou o atleta, com dois golos na prova.

A seleção nacional apurou-se para os oitavos de final depois de consumar um pleno no Grupo E da prova, com três vitórias em outras tantas partidas (10-1 ao Panamá, 3-2 ao Tajiquistão e 4-1 a Marrocos), tendo pela frente os cazaques, segundos no Grupo D.

O encontro está agendado para quinta-feira, às 16h, no Complexo Universal de Desportos de Andijan, frente a um Cazaquistão que operou um empate frente à Espanha (1-1) e triunfou perante a Líbia (4-1) e a Nova Zelândia (10-0).