Portugal venceu Israel, por 36-23, em jogo da segunda jornada do Grupo 8 da fase 2 de qualificação para o Europeu de 2026, realizando este domingo no Pavilhão Municipal de Santo Tirso.
Após o triunfo na ronda inaugural, na quarta-feira, os Heróis do Mar confirmaram o favoritismo perante os israelitas e atingiram o pleno vitorioso numa partida que dominaram praticamente desde o início, liderando, isolados, o agrupamento com quatro pontos.
O primeiro golo foi de um jogador bem conhecido do andebol português, o ex-Benfica Yoav Lumbroso, atualmente no Dinamo de Bucareste, num arranque algo atípico do jogo. Após Martim Costa ter empatado, Salvador Salvador foi excluído (2 minutos), por mão na cara de um adversário (Lumbroso). Todavia, apesar de dispor de um jogador a menos em situação defensiva e do recurso a empty goal (sem guarda-redes) no ataque, para equilibrar numericamente a ação ofensiva, mas desguarnecendo a baliza, Portugal ganhou improvável vantagem de três golos (4-1), com Francisco (Kiko) Costa a destacar-se na eficácia de remate e Diogo Rêma na baliza.
A seleção portuguesa atuava uns bons furos acima do que fizera em período homólogo contra a Roménia a meio da semana.
Sem espanto, o treinador de Israel pediu o primeiro desconto de tempo. E resultou. A sua equipa recuperou e igualou de rompante (4-4), com mérito para três defesas consecutivas do guardião Shamir. A sucessão de golos dos visitantes foi interrompida por uma autêntica torrente de golos lusa, com um parcial de 5-0 a colocar o marcador em 9-4, e duas exclusões mais no mesmo minuto (Victor Iturriza e Pedro Portela) ameaçava refrear o ímpeto dos Heróis do Mar.
Mas nem com dois jogadores a menos Portugal perdeu a eficiência e continuou a liderar o placard, evoluindo para seis golos de vantagem de 12-6 para 18-12 aos 27 minutos, quando já se percebia, pela menor intensidade de jogo, que as equipas ansiavam o intervalo. Este atingiu-se com diferença de oito golos (21-13), a maior da partida até à altura, favorável à turma das quinas, e um jogador em destaque: Martim Costa seis tiros certeiros, o melhor marcador na primeira parte.
A segunda metade começou com Portugal a faturar… e a ter mais um jogador excluído (Areia), elevando para seis(!) na equipa. Desta vez, a inferioridade numérica não favoreceu os Heróis do Mar, que viram Israel aproximar-se em dois golos (22-15). Mas não mais.
O ascendente luso manteve-se nos minutos subsequentes e foi com naturalidade que a vantagem subiu para dez golos (28-18) aos 11 minutos, numa fase em que o controlo das operações (e com a vitória cada vez mais segura) levava o selecionador Paulo Jorge Pereira a fazer rodar todos os seus jogadores.
Portugal recreava-se e obtinha alguns golos de fino recorte técnico e Israel tentava tão-só suster o avolumar do marcador para números demasiado desequilibrados, o que conseguiu, beneficiando de evidente relaxamento dos anfitriões.
Ainda assim, 13 golos de vantagem (36-23) refletem a diferença de gabarito entre as duas seleções, mas, reforce-se, poderia ter sido bem maior.